Primeira Classe

Jenson Button disputará Rally Cross

'Estou muito feliz por sair da Fórmula 1, mas continuarei nas competições de carros', disse o campeão de 2009 em entrevista exclusiva ao blog

Rafaela Borges

26 de nov, 2016 · 4 minutos de leitura.

Jenson Button disputará Rally Cross
Crédito: 'Estou muito feliz por sair da Fórmula 1, mas continuarei nas competições de carros', disse o campeão de 2009 em entrevista exclusiva ao blog

(FOTO: BEHROUZ MEHR/AFP)

 

 

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Assim como para Felipe Massa, a corrida deste domingo (27), em Abu Dabi, será a última para Jenson Button na Fórmula 1. O inglês, campeão de 2009 (pela Brawn GP), porém, parece já ter destino definido: “Eu quero correr no Rally Cross”, ele disse em uma pequena entrevista exclusiva no início deste mês, durante os dias de imprensa do Salão do Automóvel de São Paulo – onde esteve para apresentar o WR-V, da Honda, fornecedora de motores de sua atual equipe, a McLaren.

Estou planejando publicar essa pequena entrevista, feita meio de improviso, na sala VIP do estande da Honda, há algumas semanas. Até porque ele disse “eu quero”, não “eu vou”. Então, nesta sexta-feira (25), li uma reportagem do colega Livio Oricchio, que está em Abu Dabi, com a confirmação: Button vai mesmo correr no Rally Cross.

A este blog ele disse, durante o Salão, que nunca disputou essa categoria antes, mas que quer fazer isso em homenagem a seu pai, ex-competidor de Rally Cross. Uma das figuras mais simpáticas dos bastidores da Fórmula 1, John Button faleceu em janeiro de 2014, aos 70 anos.


Button falou também que não tem nenhuma intenção de correr na Fórmula E, a categoria da FIA para carros elétricos. Entende a importância do campeonato, que está atraindo investimento de diversas montadoras, mas não quer dar as caras por lá. “Não é para mim”, falou. “Eu gosto de competição com barulho”, explicou. Os monopostos elétricos da Fórmula E se caracterizam pelo motor silencioso.

A categoria, aliás, tem sido apontada como um dos possíveis destinos de Felipe Massa, mas ainda não há informações concretas sobre isso.

O Mundial de Endurance (WEC) também não encanta Button. O campeonato de provas de longa duração que inclui a 24 Horas de Le Mans foi o destino de Mark Webber após deixar a Red Bull. Fernando Alonso, atual companheiro de Jenson, é um grande entusiasta da categoria, na qual pretende competir quando se aposentar da Fórmula 1.


Mas Button não quer compromisso com o WEC também. Para ele, o Rally Cross é o caminho, pois, além da homenagem ao pai, é uma categoria que lhe permitirá ter uma vida mais tranquila.

“Estou muito feliz em deixar a Fórmula 1. Já dei e recebi tudo da categoria por muitos anos, e agora esse ciclo chegou ao fim”, ele falou. “Mas do mundo da competição de carros eu não vou sair. Não mesmo. Isso é minha paixão.”

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.