Primeira Classe

No Brasil, Porsche expõe seis 911 RS de várias épocas

Modelos foram reunidos em autódromo para celebrar lançamento da nova geração do carro

Rafaela Borges

08 de dez, 2015 · 3 minutos de leitura.

No Brasil, Porsche expõe seis 911 RS de várias épocas
Crédito: Modelos foram reunidos em autódromo para celebrar lançamento da nova geração do carro

Para apresentar a nova geração do 911 GT3 RS aos brasileiros, a Stuttgart, autorizada Porsche no Brasil, aproveitou a um evento realizado por um clube de proprietários de carros da marca no interior de São Paulo. E, na ocasião – no autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu, expôs, junto ao novato, cinco exemplares de décadas variadas do superesportivo.

(No Instagram: @blogprimeiraclasse)

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Os três modelos foram reunidos para a bela foto que você confere acima. Estava lá o 911 Carrera RS lançado em 1972 com foco nas pistas. A produção, que durou até o 1973 (mesmo ano do exemplar exposto), foi de 1.080 unidades, com motor 2.7 de  210 cv. O carro atinge 245 km/h de velocidade máxima.

O segundo exemplar mais antigo é do ano de 2004 e pertence à geração conhecida como “996”, lançada em 1997. Esse 911 GT3 RS tem 381 cv e acelera de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos.

Em 2004 foi lançada a terceira geração, ou “997”. O exemplar exposto é de 2007, tem câmbio manual de seis marchas e motor de 3,6 litros e 415 cv.


O quarto carro não é um GT3, e sim um GT2. O 911 GT2 RS é bem exclusivo, com apenas 500 exemplares produzidos. Trata-se do mais potente 911 de rua construído até hoje, com 620 cv e aceleração de 0 a 100 km/h cravada em 3,5 segundos. O exemplar, de 2011, é capaz de atingir 330 km/h de velocidade máxima.

O quinto exemplar é um 911 GT3 RS ainda da geração 997, mas com mecânica revisada. Nesta unidade, de 2012, o motor passa a entregar 500 cv.

Finalmente, o exemplar de nova geração traz o mesmo 4.0 de seis cilindros contrapostos da geração anterior, com 500 cv. Porém, em vez do câmbio manual de seis marchas, há o automatizado de duas embreagens e sete marchas. Com esta e outras melhorias, a aceleração de 0 a 100 km/h passou a ser feita em 3,3 segundos, em vez dos 3,9 segundos registrados pelo modelo anterior.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”