Primeira Classe

Tudo sobre o Classe C que a Mercedes fabricará no Brasil

Sedã, assim como o GLA, terá diversas versões de motor, todos bicombustíveis. E o preço? Bem... aí está a má notícia

Rafaela Borges

25 de set, 2014 · 6 minutos de leitura.

Tudo sobre o Classe C que a Mercedes fabricará no Brasil
Crédito: Sedã, assim como o GLA, terá diversas versões de motor, todos bicombustíveis. E o preço? Bem... aí está a má notícia

 

Hoje eu bati um papo com o grego Dimitris Psillakis, que é o “cara” da divisão de automóveis da Mercedes-Benz do Brasil. O diretor geral me contou algumas novidades sobre os carros que a montadora vai produzir no Brasil a partir de 2016, o Classe C e o GLA.


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Vamos primeiros ao Classe C. Ele chega em fevereiro de 2016 e terá três versões: C180, C200 e C250. O Dimitris disse que as configurações de equipamentos serão as mesmas encontradas nos modelos que hoje são importados da Alemanha. Ou seja: desde a versão de entrada, haverá faróis e lanternas com LEDs e air bag para o joelho do motorista? Pneus run flat? Duvido; eles não são muito funcionais para o Brasil. Mas vamos ver.

A principal novidade, portanto, será a motorização flexível para todas as versões. Sim, os Mercedes também vão beber álcool. Na indústria, os rumores eram de que a empresa, no primeiro ano de atividade na fábrica de Iracemápolis, no interior de São Paulo, iria apenas montar os carros a partir de kits trazidos da Alemanha. Porém, o Dimitris disse que não será bem assim.


Desde o início da produção, os motores, por exemplo, serão montados no Brasil, não trazidos da Alemanha. Eles terão algumas peças importadas do país de origem da Mercedes, mas outras produzidas aqui no País mesmo.

A potência dos motores não passará por grande alteração. Hoje, o C180 tem o 1.6 de 156 cv, o C200 usa o 2.o de 184 cv e, no C250, são 211 cv em uma unidade também 2.0.


Com o GLA, a história será bastante parecida. Mesmo pacote de equipamento das versões importadas. O jipinho trazido da Alemanha será lançado em outubro no País com o motor 1.6 de 156 cv, na opção GLA 200. Já a versão nacional está prevista para o segundo semestre de 2016 e, além da configuração 200, terá a 250, com o 2.0 de 211 cv. Evidentemente, ambos serão flexíveis.

E OS PREÇOS?

É, pessoal, agora vem a má notícia. Não será desta vez que o carro de luxo ficará um pouco mais acessível. Os preços não serão reduzidos em relação ao das versões trazidas da Alemanha. Pelo menos, não no primeiro ano de produção no Brasil.


As explicações são diversas. Dimitris disse que, além de os carros serem muito complexos – leia-se sofisticados -, a fábrica é de pequena escala (são 24 mil unidades por ano) e a produção no Brasil tem uma complexidade que anula o teórico “ganho” com a isenção dos 35% do imposto de importação.

De todo modo, ele falou que não haverá redução de preço na teoria, já que ainda falta mais de um ano para o primeiro Mercedes nacional chegar e, até lá, muita coisa pode acontecer.

Não reduzir os preços não é exclusividade da Mercedes. A BMW, que inaugura sua fábrica em 30 de setembro, também não o fará. E os motivos vão muito além dos alegados pelos executivos. Uma reportagem com análise completa destes fatos você poderá ler no sábado, nas edições impressa e digital do Jornal do Carro.


Por ora, fique com a lista de preços atual dos futuros brasileiros da Mercedes.

C180 – R$  138.900

C200 – R$ 154.900


C250 – R$ 189.900

GLA 200 – R$ 149.900

 


 

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