Ele nasceu para ocupar o lugar do Skyline GT-R, uma lenda entre os esportivos japonesas. A missão é complicada, mas o GT-R parece estar cumprindo direitinho seu papel. Ao menos entre os leitores do Jornal do Carro e do Primeira Classe. Por aqui, a moral deste Nissan está bastante alta: ele foi eleito pelos leitores, em enquete, o carro mais aguardado para o Salão do Automóvel de São Paulo, que começa em 30 de outubro.
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E a vantagem do GT-R sobre os demais rivais, nomes de peso como Chevrolet Corvette e Ford Mustang, foi ampla. O esportivo japonês ficou com mais de 48% dos votos (leia aqui).
Como prometido, agora preparamos uma reportagem com tudo o que você precisa saber sobre o GT-R – que, infelizmente, nunca foi, e dificilmente será, vendido no Brasil.
Ele é o sucessor da linha de esportivos Skyline, que teve diversas gerações. A última, R34, ficou muito famosa no filme “Velozes e Furiosos 2”. O exemplar azul brilhou ao lado do ator Paul Walker nas cenas de ação.
O sucesso dos esportivos Skyline, porém, se espalhou pelo mundo antes disso. Mais precisamente no fim dos anos 90, com a ajuda de jogos de videogames. Além disso, os carros eram comparáveis, à época, com modelos da Porsche, talvez até com as Ferraris de entrada, mas sempre custando menos.
O GT-R que surgiu no Salão de Tóquio de 2007 já não trazia a nomenclatura Skyline, mas manteve a tradição no nome de sua geração, R35. Com isso, ganhou a responsabilidade de ser o novo representante da linhagem de carros esportivos da Nissan.
Em 2008, o Jornal do Carro avaliou a primeira versão do GT-R, equipada com motor V6 biturbo, de 3,8 litros, que gerava 487 cv de potência e 60 mkgf de torque.
Este propulsor, combinado ao câmbio automatizado de seis marchas e duas embreagens, permitia ao GT-R acelerar de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos, atingindo a velocidade máxima de 312 km/h.
Nossa reportagem de 2008 descreveu o GT-R como um esportivo bastante dócil, comparado aos ásperos italianos, por exemplo. Seu comportamento estaria mais para Porsche do que Ferrari.
Desde a primeira versão, ele tem tração nas quatro rodas e a possibilidade de ajustar alguns de seus componentes – câmbio, amortecedores e tração – em três níveis, do confortável ao extremamente esportivo.
Outro destaque do GT-R é a tela localizada no centro do painel, que exibe ao motorista, em gráficos, as informações sobre o desempenho do carro. Este recurso foi desenvolvido pelos criadores do GranTurismo, o jogo de videogame que imortalizou o Skyline GT-R.
As linhas do carro surgiram inspiradas em animações japonesas. Já os freios têm discos da Brembo, de aço. Mas, de acordo com a avaliação do Jornal do Carro, têm eficiência é equivalente ao de discos de cerâmica.
NOVA VERSÃO
No fim de 2012, o GT-R ganhou sua primeira atualização. Foram feitas melhorias no motor. O 3.8 V6 biturbo passou a gerar 550 cv e 64,2 mkgf de torque. Além disso, a Nissan aprimorou a suspensão, na qual trocou molas e amortecedores para melhorar a já ótima estabilidade do carro.
O carro recebeu reforços na barra do painel de instrumentos, com o objetivo de aprimorar a rigidez da carroceria. Com as mudanças, passou a acelerar de 0 a 100 km/h em 2,7 segundos, atingindo 315 km/h de velocidade máxima.
De acordo com a Nissan, estas alterações foram desenvolvidas a partir da experiência que a marca teve, com o GT-R, na tradicional corrida 24 Horas de Nurburgring, na Alemanha.
Entre os novos equipamentos, a Nissan passou a oferecer, dependendo da versão, aerofólio traseiro de fibra de carbono e câmera de ré.
No ano seguinte, houve mudanças no visual, com a chegada dos faróis com LEDs. Já a suspensão passou por outra atualização. De acordo com a Nissan, recebeu nova calibração. Porém, não houve alteração no motor.
NISMO
A divisão de preparação da Nissan, a Nismo, criou uma versão ainda mais apimentada do GT-R. O modelo foi mostrado ao público no Salão de Tóquio de 2013, com a presença do velocista Usain Bolt.
O motor 3.8 V6 biturbo foi mantido, mas com potência de 600 cv e torque de 66,5 mkgf. A suspensão foi preparada e a aerodinâmica, aprimorada, com a introdução de um novo aerofólio.
A Nismo não divulga números sobre o desempenho do carro, mas, em testes realizados por revistas americanas e europeias, ele foi capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 2,1 segundos. Este número o deixa mais rápido que o 918 Spyder, que tem quase 900 cv com sua propulsão híbrida.
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