A estratégia de investir em diversos SUVs já está rendendo excelente resultados para a VW. Em maio, segundo mês cheio de vendas do T-Cross, a marca encostou na Chevrolet no ranking de vendas.
Com isso, a Volkswagen vê suas chances de voltar à liderança de mercado, que perdeu no início da década passada, serem cada vez mais concretas. No mês passado, a diferença para a Chevrolet foi de 2.551 unidades apenas.
A Volks vendeu 38.591 veículos. A líder somou 38.591 emplacamentos.
É a menor diferença desde que a VW voltou à vice-liderança, no ano passado. Este ano, em janeiro, a Chevrolet vendeu cerca de 12 mil unidades a mais que a alemã.
Em fevereiro, a vantagem caiu para 10 mil exemplares e em março, para 7 mil. Em abril, a diferença foi de 5 mil a favor da Chevrolet. Aquele mês foi o primeiro cheio de vendas do T-Cross.
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Razões da aproximação da VW
No mês passado, o T-Cross vendeu 3.003 unidades. Com isso, o VW deixou o EcoSport para trás. Entre os SUVs, foi o sexto mais vendido. Entre os utilitários compactos, ficou com a quinta posição.
Além disso, o T-Cross praticamente apenas somou à linha Volkswagen. Houve pequena “canibalização” (fenômeno em que um carro da marca tira clientes de outra) em relação ao Jetta. Porém, os volumes do sedã médio são muito pequenos para fazer a diferença.
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Porém, a chegada do T-Cross não afetou nada a vida do outro SUV da VW, o Tiguan. Pelo contrário: ele teve seu segundo melhor mês, com mais de 1.200 emplacamentos – o melhor havia sido de abril, no qual somou 1.300 unidades vendidas.
Além disso, o Virtus, que poderia brigar por clientes com as versões mais simples do T-Cross, bateu recorde de vendas em maio.
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Enquanto isso, embora mantenha bons desempenhos para Onix e Prisma, a Chevrolet perde espaço entre os SUVs. O Tracker saiu da lista dos dez mais vendidos, sendo ultrapassado por diversos modelos, como WR-V e C4 Cactus.
O Equinox, rival direto do Tiguan, não conseguiu o mesmo sucesso do rival. O VW tem uma gama mais variada de versões, motores e preços. Embora o Chevrolet tenha melhor custo-benefício, atinge público mais restrito.
Estratégia
O lançamento de uma versão para PCD para o T-Cross, com preço máximo de R$ 70 mil, será muito importante na estratégia da VW para encostar em Renegade, Creta, HR-V e Kicks. As versões disponíveis só podem ser vendidas para pessoas com deficiência com isenção de IPI.
Para o cliente ter também isenção de ICMS, o teto de preço do carro é R$ 70 mil. Essas versões são muito importantes na estratégia de vendas de modelos como Kicks, Renegade e Creta.
Não há, no entanto, confirmação de que a VW terá um T-Cross “PCD”. No entanto, entre o fim deste ano e o início do próximo chegará o Tarek, a ser posicionado entre o SUV compacto e o Tiguan.
Esse modelo será um rival direto do Compass, o médio que é vice-líder do segmento de SUVs. Esse carro pode dar a liderança à VW.
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Isso se o sucessor do Tracker, que já foi mostrado na China, não for lançado antes. Há grande possibilidade de o modelo ter vendas bem mais representativas que a geração atual.
Mas aí há outros dois trunfos da VW para tentar a liderança. Um deles é o T-Track, também previsto para 2019. Ele será menor e mais barato que o T-Cross.
O outro é a versão aventureira do Polo. Não é um SUV literal, mas poderá desempenhar na linha um papel semelhante ao do WR-V na gama Honda.
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