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DPVAT vai voltar? Veja para que serve o imposto e quanto custará
Legislação

DPVAT vai voltar? Veja para que serve o imposto e quanto custará

Suspenso em 2020, seguro DPVAT voltará com novo nome e deve incidir na cobrança do Licenciamento 2024; entenda para que serve o imposto

Adrielle Farias, especial para o Jornal do Carro

12 de abr, 2024 · 5 minutos de leitura.

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Seguro DPVAT
Motociclistas representam maior parte dos acidentes de trânsito registrados no Brasil e cobertos pelo seguro DPVAT
Crédito:Gabriela Biló/Estadão

Ainda em outubro de 2023, o Jornal do Carro antecipou a volta do DPVAT em 2024. Pois a Câmara dos Deputados aprovou nesta semana o projeto que prevê o retorno da tarifa. E, agora, resta ao Senado Federal chancelar a proposta para que o seguro obrigatório para veículos volte a ser cobrado dos proprietários de veículos no País. Mas, afinal, para que serve o DPVAT e quanto deve custar a taxa quando voltar a ser obrigatória?



DPVAT: para que serve e quanto vai custar?

No texto que está em tramitação, o seguro obrigatório para veículos servirá para pagar eventuais despesas médicas decorrentes de acidente de transito, como, por exemplo, sessões de fisioterapia e equipamentos ortopédicos. Os valores do reembolso e da indenização ainda serão definidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). Assim como os percentuais de cobertura para cada tipo de incapacidade parcial.

O custo do DPVAT para donos de veículos era de R$ 5,23, enquanto motociclistas arcavam com uma taxa de R$ 12,30. Já a indenização chegava a até R$ 13.500 em casos de morte ou invalidez permanente causadas por acidentes de trânsito.

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Não pagar o DPVAT gera multa

O texto aprovado na Câmara prevê que o não pagamento do seguro obrigatório resultará em multa, conforme consta no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Esta poderá ser de R$ 195,23, que é o valor de uma infração grave. Para solicitar a indenização, as vítimas precisam apresentar pedido justificando o acidente de trânsito como prova. O recurso fica disponível para qualquer pessoa que se envolver em um acidente de transito, independente do veículo.

DPVAT vai mudar de nome para SPVAT

Além da indenização, o seguro obrigatório para veículos também incluí despesas com serviços funerários, por exemplo. Bem como serve para cobrir a reabilitação profissional de acidentados que sofram invalidez parcial. Por fim, o texto determina que entre 35% e 40% da arrecadação total com o imposto vá para os municípios e Estados que operam serviços municipal ou metropolitano de transporte público coletivo.

Aliás, o nome DPVAT, sigla de “Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres”, vai mudar. A taxa adotará a sigla SPVAT, que significa “Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito”.


DPVAT
Divulgação

Por que o DPVAT vai voltar e quando?

A Caixa Econômica Federal, banco estatal que administra os recursos do seguro, suspendeu os pagamentos de indenizações a vítimas de acidentes de trânsito registrados após 14 de novembro de 2023 por escassez de fundos.

O valor do SPVAT – que ainda será definido por meio de decreto do presidente Lula – deverá ser incluído no Licenciamento 2024, como era feito até 2020. Ou seja, os proprietários pagarão o seguro e o Licenciamento em um único boleto. Em São Paulo, por exemplo, o cronograma para o pagamento começa em 1o de julho e se estende até dezembro.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.