Desde seu lançamento, em 2015, o Honda HR-V dominou o segmento de SUVs compactos. Mais que isso: até a chegada do Jeep Compass, no fim de 2016, ele era primeiro colocado em toda a categoria (que inclui médios e grandes).
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Porém, neste ano, o HR-V está perdendo espaço. E essa queda parece ter alcançado seu auge no mês de abril.
Números preliminares obtidos pelo blog apontam que, neste mês, o HR-V deverá ficar fora da lista dos 20 carros mais vendidos do Brasil. Além disso, o Honda também perdeu ampla participação no segmento de SUVs.
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A categoria, aliás, está bastante agitada neste ano. Há constante rodízio na primeira posição do ranking (veja aqui).
No mês passado, o HR-V já havia perdido o primeiro lugar dos SUVs compactos para o Nissan Kicks. Agora, a situação piorou bastante. Ele também ficou atrás do Renegade e do Creta.
Isso entre os dias 1º e 27 de abril. Porém, como falta apenas um dia de emplacamentos para o fechamento do mês (30 de abril), o HR-V dificilmente vai recuperar o espaço perdido.
Com isso, deve confirmar as posições que tem agora. No segmento de SUVs, deverá ser o quinto mais emplacado em abril. Considerando apenas os SUVs compactos, é o quarto.
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1/15
Audi A3 Sedan 1.4 (150 cv) - 7,6 km/l (etanol); 11,7 km/l (gasolina)
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2/15
Chevrolet Tracker (154 cv)
7,3 km/l (etanol); 10,6 km/l (gasolina)
3/15
Volkswagen Golf 1.4 TSI (150 cv)
7,8 km/l (etanol); 11,6 km/l (gasolina)
4/15
Chevrolet Cruze (154 cv)
7,6 km/l (etanol); 11,2 km/l (gasolina)
5/15
Honda Civic 1.5 Touring (173 cv)
12 km/l (carro apenas a gasolina)
6/15
Citroën C4 Lounge (173 cv)
7,1 km/l (etanol); 10,5 km/l (gasolina)
7/15
Volkswagen Jetta 1.4 TSI manual (150 cv)
11,3 km/l (motor apenas a gasolina)
8/15
Audi A1 (192 cv)
10,7 km/l (motor apenas a gasolina)
9/15
Mercedes-Benz CLA 200 (156 cv)
7,1 km/l (etanol); 10,5 km/l (gasolina)
10/15
Ford Fusion Hybrid (190 cv)
16,6 km/l (motor a combustão a gasolina)
11/15
Peugeot 2008 1.6 turbo manual (173 cv)
8,3 km/l (etanol); 11,6 km/l (gasolina)
12/15
Mercedes-Benz A200 (156 cv)
7,4 km/l (etanol); 10,9 km/l (gasolina)
13/15
Audi A4 (190 cv)
11 km/l (motor apenas a gasolina)
14/15
Volkswagen Golf Variant (150 cv)
7,5 km/l (etanol); 10,7 km/l (gasolina)
15/15
Volvo XC90 T8 (híbrido) - 407 cv
Razões da queda do HR-V
O Honda HR-V é caro? Depende. A versão de topo, Touring, é de fato a mais cara do segmento de SUVs compactos. Custa R$ 108.900.
Porém, o modelo tem boa diversidade de versões, que partem de R$ 81.900. É um preço competitivo para o segmento.
Para comparação, o Chevrolet Tracker, conhecido pelo bom custo-benefício, começa em R$ 87.990. Já vem com câmbio automático, no entanto.
Ainda assim, o HR-V automático mais em conta não é muito mais caro que o Tracker. Sai por R$ 88.900.
Outro queridinho do mercado, o Creta é mais em conta: começa em R$ 76.350. Porém, nesse caso, com um motor 1.6 bem mais fraco que o bom 1.8 do HR-V.
Análises de preços à parte, a verdade é que o Honda sempre foi um pouco mais caro. Ainda assim, sempre vendeu mais.
Por quê? Porque se tornou o queridinho do Brasil. Entre os SUVs, acabava sendo a opção mais racional, por ser espaçoso para um compacto, e ter um motor que garante bom desempenho – o que é raro nesse segmento.
Por que, então, ele está perdendo espaço agora?
O líder sempre perde
Antes da chegada das montadoras “newcomers”, no fim dos anos 90, a Volkswagen tinha mais de 30% do mercado. Quando as novatas vieram, a alemã, que era líder disparada, foi a que mais perdeu.
Logo, além de participação, a Volkswagen perdeu também a liderança do mercado de carros no Brasil.
Assim, é normal, quando novidades chegam, o líder ser o maior prejudicado. Isso é exatamente o que vem ocorrendo com o HR-V. De 2017 para cá, o segmento recebeu muitas novidades.
Em primeiro lugar, veio o médio Compass. Apesar de ter preço inicial de quase R$ 110 mil, o Jeep acabou concorrendo diretamente com as versões mais caras do HR-V.
Nesse caso, o Honda já perdeu um pouco de espaço. O Creta foi outro que atingiu diretamente o HR-V. O Kicks, nacionalizado em 2017 e com preços mais competitivos, também tirou espaço do modelo.
Há ainda, nesse grupo, o Captur, que começa a ganhar relevância no mercado. O Tracker, por sua vez, ganhou atualizações que impulsionaram suas vendas.
E o WR-V? Em minha opinião, ele não tira mercado do HR-V. No começo, isso pode ter até ocorrido. Agora, não mais. Mas isso é assunto para uma próxima análise.
EcoSport já passou por isso
Por mais que o segmento de SUVs esteja crescendo, alguns modelos sempre vão perder participação quando chegam novidades. No momento, isso está ocorrendo com o HR-V. Porém, o EcoSport já foi a “bola da vez”.
O Ford fechou 2014 na liderança que já mantinha, quase ininterruptamente, desde 2003. Porém, em 2015 chegaram o HR-V e o Renegade. O Eco caiu, e nunca mais se recuperou. Hoje, é o sexto SUV mais vendido do País (quinto entre os compactos).
A queda do HR-V, porém, não deverá ser tão acentuada. Minha aposta é que ele vai continuar se alternando com Kicks e Creta na briga pelo primeiro lugar dos compactos.
O Renegade, líder do mês, é cíclico. Vai bem em alguns meses, mas, no geral, é o tradicional ocupante da quinta colocação da categoria.
O Creta já passou por uma leve queda neste ano. Porém, em abril, mostrou recuperação. Assim, ele, Kicks e o Honda parecem ser mesmo os principais postulantes ao número 1.
Porém, para ganhar força na briga com Kicks e Creta, o HR-V merece algumas atualizações. Afinal, quem chega depois traz inovações, e o Honda tem de acompanhar tecnologicamente os demais.
Não é ainda o caso de uma nova geração, e sim de uma atualizações de meio de ciclo de vida. Essas mudanças, aliás, já estão sendo providenciadas e, segundo rumores de bastidores, devem chegar em breve. E a briga ficará cada vez mais quente.
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