Primeira Classe

O novo líder dos SUVs compactos

Segmento está pegando fogo neste ano, com mudanças na primeira posição mês a mês. Desta vez, o número 1 é o SUV Renegade

Rafaela Borges

29 de abr, 2018 · 5 minutos de leitura.

SUV Renegade" >
SUV Renegade
Crédito: Jeep é o compacto mais vendido em abril (Foto: Felipe Rau/Estadão)

No segmento mais badalado do Brasil, a briga em 2018 está pegando fogo. Mês a mês, há mudanças na liderança da categoria de SUVs compactos. Em abril, a primeira posição já está garantida: ela é do SUV Renegade, da Jeep.

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Porém, é importante ressaltar que a liderança é restrita aos SUVs compactos. Na categoria como um todo, o primeiro lugar voltar a ser ocupado pelo Jeep Compass, que é modelo médio.

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A briga dos SUVs compactos está tão quente que esta já é a terceira alternância na primeira posição no ano. Isso em apenas quatro meses.

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Nos dois primeiros meses do ano, ela foi ocupada pelo Honda HR-V. Em março, ficou, pela primeira vez, com o Nissan Kicks. Agora, é a vez do SUV Renegade.


 

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SUV Renegade na frente

Os dados de vendas que mostrarei a seguir são os registrados entre 1º e 27 de abril. Com isso, falta apenas um dia de emplacamentos para o encerramento do mês.

O SUV Renegade não pode mais ser alcançado. Ele somou 4.311 emplacamentos no período.

O segundo colocado é o Hyundai Creta, que mostra reação após um início de ano difícil. O modelo, porém, está bem atrás do SUV Renegade. Ele somou, no período, 3.675 emplacamentos.


O Nissan Kicks aparece na terceira posição, com 3.582 unidades vendidas. O Honda HR-V caiu bastante: com 3.394 emplacamentos, ocupou apenas o quarto lugar.

Com isso, o HR-V já começa a ser ameaçado pelo Kicks no acumulado do ano. Sua vantagem, no momento, é de apenas 327 unidades. Nesse ritmo, pode ser ultrapassado pelo Nissan já no mês que vem.

Uma outra briga

Os demais modelos travam uma briga na seção de baixo do ranking de SUVs compactos. No duelo particular entre EcoSport e Tracker, o Ford começa a abrir vantagem.


De 1º a 27 de abril, o EcoSport somou 2.810 emplacamentos. O Tracker teve 2.476 unidades vendidas.

Com isso, o Ford foi o quinto mais vendido do segmento. O Chevrolet ficou com o sexto lugar.

No sétimo lugar, por ora há um curioso empate entre dois modelos de mesma marca. Duster e Captur registraram, no período, 1.593 unidades vendidas.


O WR-V e o 2008 fecham o ranking. O Honda somou 1.131 emplacamentos e o Peugeot, 738.

O Jeep Compass, líder do segmento geral de SUVs, teve 4.438 emplacamentos em abril.

Novidades

A briga no segmento de SUVs vai ficar ainda mais quente a partir de 2019. A líder Chevrolet terá um novo modelo no segmento, sucessor do Tracker. O carro será feito no Brasil (veja aqui) – o veterano vem do México.


A Volkswagen vai também lançar um SUV compacto. Além disso, terá um modelo médio nesse segmento – quando ele chegar, em 2020, a tendência é o Tiguan de cinco lugares deixar de ser oferecido.

A Toyota também planeja ter um SUV compacto nacional, adaptação de um modelo de sua marca de baixo custo Daihatsu.

Agora, resta saber se a Fiat vai entrar ou não nesta briga. A marca estudava, no ano passado, criar um SUV da Toro. Há possibilidade, porém, de continuar mantendo seus esforços para o segmento na marca Jeep.


 

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.