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GM fecha acordo para fazer nova S10 no Brasil
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GM fecha acordo para fazer nova S10 no Brasil

Montadora fechou acordo com sindicato de São José dos Campos

Redação

07 de fev, 2019 · 4 minutos de leitura.

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GM terá nova S10 no Brasil
Chevrolet S10
Crédito:Foto: Felipe Rau/Estadão
GM terá nova S10 no Brasil

A GM fechou um acordo para produzir a nova S10 e um SUV derivado da picape – não necessariamente a Trailblazer – no Brasil. A informação é do site Automotive Business.

De acordo com o site, a GM acertou nesta quinta-feira (7) acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), onde serão feitos os novos produtos. Como conclusão da negociação, a unidade receberá investimento de R$ 5 bilhões.

O Automotive Business informa também que os 4 mil trabalhadores da fábrica aceitaram o conjunto de dez medidas propostas pela GM, para viabilizar o investimento.

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Inicialmente, eram 28 as propostas da montadora. Porém, após duas semanas de negociação, as duas partes acertaram que o número de propostas cairia para dez.

Descontos em bônus e rebaixamento do piso salarial estão entre as propostas aceitas, de acordo com a mesma fonte. Em contrapartida, está encerrado o risco de a fábrica de São José dos Campos fechar.

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Negociações da GM

No mês passado, surgiram notícias sobre ameaça de a General Motors deixar o Brasil, caso não voltasse a ter lucro. O rumor foi desencadeado por um comunicado enviado pelo presidente da companhia, Carlos Zarlenga, aos funcionários do País.

A GM se manifestou sobre o caso pela primeira vez no último sábado (2). Em nota, a empresa informou que negociava com o governo e sindicatos para viabilizar um investimento de R$ 10 bilhões entre 2020 e 2024.

Esse montante, se confirmado, seria aplicado em suas fábricas paulistas. Além da planta de São José dos Campos, a montadora opera em São Caetano do Sul, que é sua sede no País.


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Nova S10

Pouco se sabe sobre a nova S10. De acordo com informações do site Motor1, a picape deverá ficar maior, mais espaçosa e mais próxima da norte-americana Colorada.

Esta é a picape média da Chevrolet para o mercado dos Estados Unidos. Ela é diferente da Colorado vendida na Ásia e na Austrália, que é praticamente “irmã” de nossa S10.

A nova S10 é um projeto global. Sua estreia mundial deverá ocorrer em 2022, também de acordo com o Motor1. Ainda não há data de lançamento revelada para o Brasil.


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Jornal do Carro
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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”