Esqueça I-Motion, Dualogic e cia. Esqueça até o Powershift, que está dizendo adeus ao Brasil (veja detalhes aqui). Esses exemplos são exceções. Isso porque, no geral, o câmbio automatizado não é mico.
Pelo contrário: trata-se de um dos sistemas mais avançados e eficientes no mundo dos carros sem pedal de embreagem.
Tanto que é usado pela maioria das marcas premium, de alto luxo e até esportivas (BMW, Mercedes-Benz, Audi, Porsche, Ferrari, etc). Porém, os sistemas citados no primeiro parágrafo geraram um certo preconceito contra esse tipo de transmissão.
No entanto, como ocorre com qualquer componente, existem bons exemplos e maus exemplos de câmbio automatizado.
E é muito importante, em primeiro lugar, entender as diferenças entre o automático e o câmbio automatizado. Ou mesmo entre os diferentes tipos de transmissões automatizadas.
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VOLKSWAGEN T-CROSS
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CHERY TIGGO 7
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AUDI Q8
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HYUNDAI SANTA FE
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AUDI E-TRON
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JAGUAR I-PACE
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TOYOTA RAV4
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CHEVROLET TRACKER
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BMW X7
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Câmbio automatizado de uma embreagem
O câmbio automatizado é assim chamado pois é um câmbio manual sem terceiro pedal, o da esquerda. Seu funcionamento é de automático, mas ele tem embreagem (como os manuais).
Pode também ser chamado, por isso, de manual robotizado. No caso dos sistemas I-Motion, da Volkswagen, e Dualogic, da Fiat, entre outros, há apenas uma embreagem.
Houve concessionárias que chegaram a vender o automatizado de uma embreagem como automático convencional. Essa má informação gerou frustração no consumidor.
O automatizado de uma embreagem costuma ter um funcionamento bastante desconfortável, na maioria dos casos. Ele dá muitos trancos, pois fica “confuso” na hora de fazer as trocas.
Além disso, é comum não tirar o carro da inércia quando se tira a mão do freio, algo comum na maioria dos automáticos convencionais. Isso pode gerar problemas em uma rampa, por exemplo.
Porém, é uma questão de saber usar. O ideal é fazer as trocas manualmente, e manter os pés no freio quando se começa a acionar o acelerador em subidas. O mais importante: é um sistema barato.
Mas quem compra um automatizado, por outro lado, quer as facilidades de um câmbio automático. Assim, dá para entender a frustração.
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Câmbio automatizado de duas embreagens
Esse é o sistema “topo de linha”. Na maioria dos casos. Ao usar duas embreagens, ele elimina os problemas mais comuns do câmbio automatizado de uma embreagem.
Uma embreagem é apenas para marchas pares e outra, para ímpares. Assim, enquanto uma está em ação, a outra já fica preparada. Isso dá mais rapidez às mudanças e elimina trancos, além de “confusões” na hora de fazer mudanças que alguns automáticos convencionais ainda têm.
Modelos muito bons de desempenho à venda no Brasil, como os Golf GTi e Passat, o Audi Q3, o Mercedes-Benz GLA, muitos carros da Porsche, etc, têm o câmbio automatizado de duas embreagens.
O problema é que o Powershift, da Ford, também é um automatizado de duas embreagens. E, no Brasil e no mundo, ele vem gerando inúmeros problemas desde seu lançamento (entenda aqui).
Isso acabou fazendo a Ford abandoná-lo em todo o mundo. No Brasil, o Fiesta agora é só manual. E o Focus, que ainda traz o Powershift, está saindo de linha no Brasil.
Porém, o Powershift é exceção, não regra. As montadoras, principalmente as de carros mais sofisticados, continuam investindo no sistema automatizado de duas embreagens, que se provou uma ótima solução para aliar conforto a bom desempenho.
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10º Mercedes-Benz GLC
116 unidades vendidas
9º Volvo XC60
176 unidades vendidas
8º BMW X1
205 unidades vendidas
7º Land Rover Discovery
209 unidades vendidas
6º Volvo XC40
218 unidades vendidas
5º Audi Q3
225 unidades vendidas
4º Mercedes-Benz GLA
226 unidades vendidas
3º BMW Série 3
258 unidades vendidas
2º Audi A3 Sedan
281 unidades vendidas
1º Mercedes-Benz Classe C
311 unidades vendidas
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