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Fox e Spacefox são rebaixados em teste de colisão
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Fox e Spacefox são rebaixados em teste de colisão

VW Fox e Spacefox já haviam sido avaliados pelo Latin NCAP. No teste anterior, receberam quatro estrelas na proteção para adultos

Redação

07 de mar, 2019 · 3 minutos de leitura.

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Fox e Spacefox
Fox e Spacefox abriram a rodada 2019 de testes do Latin NCAP
Crédito:Crédito: Latin NCap/Divulgação

O ciclo da família Fox já está no finzinho. O hatch foi reduzido a duas versões e a perua Spacefox, que vinha da Argentina, já deixou de ser produzida. Afinal, é hora de abrir espaço na linha de montagem da Volkswagen para modelos mais modernos.

A defasagem dos dois veteranos fica evidente com os testes de colisão divulgados hoje pelo Programa de Avaliação de Novos Veículos para a América Latina e o Caribe (Latin NCAP). Neles, tanto Fox como Spacefox obtiveram apenas três estrelas – de cinco possíveis – na proteção de adultos e crianças.

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O Fox já havia sido avaliado pelo órgão em 2015. Naquela ocasião, levou quatro estrelas na proteção para adultos e duas para crianças. Mas o protocolo da época não contemplava a prova de impacto lateral, o que ajuda a explicar a piora nos resultados.

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Falta de itens de segurança de Fox e Spacefox foi criticada

De acordo com a análise do Latin NCAP, a estrutura lateral do assento e os elementos de absorção de energia localizados na porta e no banco ajudaram a minorar o impacto sofrido pelo boneco. Com isso, os valores biomecânicos críticos foram mantidos abaixo dos limites máximos permitidos.

Por outro lado, o órgão destaca que falta cinto de segurança de três pontos na posição central traseira. Um eventual quinto ocupante tem de se contentar com um antiquado cinto do tipo subabdominal.

Outra ressalva foi feita ao sistema Isofix, de fixação de cadeirinhas infantis. No entender do Latin NCAP, ele é mal sinalizado.


Mas a crítica mais severa diz respeito à falta de oferta de controle de estabilidade (ESP). “O Latin NCAP entende que esse item deveria ser padrão e recomenda que, ao comprar um veículo, sejam considerados apenas modelos com ESP”, diz a nota do órgão.

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Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”