A McLaren deixou passar o temporal de novidades de superesportivos durante o Salão de Genebra, na Suíça, para apresentar a sua joia da coroa. Depois de mostrar o conceito em 2018, no evento, a marca divulgou as imagens e os dados do McLaren Senna GTR. Essa é a versão de pista do carro que homenageia o tricampeão de Fórmula 1. Nenhum exemplar virá ao Brasil.
Com apenas 75 unidades a serem produzidas, todas já vendidas, o Senna GTR é o McLaren mais rápido em qualquer circuito, além dos carros de Fórmula 1, segundo a marca britânica. Ele tem o mesmo nível pressão aerodinâmica (downforce) do Senna. Porém, supera o pico de gerar downforce de 1.000 kg, a uma velocidade 15% menor que o Senna de rua.
De acordo com a McLaren, o Senna GTR é melhor e mais estável tanto nas curvas de alta velocidade quanto nas de baixa, também nas frenagens. O spoiler dianteiro e o difusor traseiro foram redesenhados para atender os padrões de uso em pista. O aerofólio foi reposicionado, mais para trás, e com isso aproveitar melhor o fluxo de ar gerado pelo difusor.
A bitola do Senna GTR é 77 mm maior no eixo dianteiro (1.731 mm) e 68 mm (1.686 mm) no traseiro. A altura em relação ao solo foi reduzida em 34 mm (1.195 mm) se comparada ao Senna “normal” e o peso em 10 kg. Isso mesmo com a adoção do macaco pneumático integrado, sistema de rádio, extintor de incêndio e telemetria.
Por outro lado, confortos como sistema de áudio e telas sensíveis ao toque foram extirpados do interior, mas o ar-condicionado foi mantido. Os vidros foram substituídos, como em todo carro de corrida, por peças de policarbonato e a abertura das portas é por tiras de tecido.
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Trem de força do Senna GTR
O modelo utiliza um motor V8 de 4 litros, biturbo, que rende 825 cv e 81,5 mkgf. As duas turbinas são controladas eletronicamente e os 25 cv extras em relação ao motor do Senna de rua foram atingidos com recalibragem do motor e a remoção do segundo catalisador para reduzir a pressão de retorno.
No conceito, as saídas de escape ficavam nas laterais, à frente das rodas traseiras. Agora, na versão final elas foram reposicionadas para a traseira do esportivo, saindo sob o aerofólio. As saídas na traseira, reduzem o tamanho, peso e a complexidade do sistema de escapamento.
Ele vem equipado com três modos de condução: Wet (molhado), Track (pista) e Race (corrida). A novidade é o Wet, que deixa o controle de estabilidade e freios ABS mais intrusivos e foram calibrados para uso com pneus de chuva. A transmissão, que pode lidar com a função de controle de largada, é a mesma do Senna convencional – sete velocidades e dupla embreagem.