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Avaliamos o X7, o BMW com X maiúsculo
Avaliação

Avaliamos o X7, o BMW com X maiúsculo

O X7, maior utilitário-esportivo da marca alemã, impressiona pelas dimensões externas, desempenho e alta dose de requinte e espaço do lado de dentro

Hairton Ponciano Voz, de Scottsdale, EUA

20 de mar, 2019 · 8 minutos de leitura.

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BMW X7
Crédito:BMW X7 é produzido nos Estados Unidos. Maior SUV da marca tem 5,15 metros de comprimento por 2 m de largura. Foto: BMW/Divulgação

Pela manhã, a tarefa à frente parecia longa e cansativa. O roteiro estabelecido pela BMW para a avaliação do X7 previa rodar 800 quilômetros em três Estados norte-americanos: Texas, Novo México e Arizona. Antes que a noite caísse, porém, o trajeto estava concluído. Foi longo, mas não cansativo.

 

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+ BMW pode montar mais um carro no Brasil

O X7 é uma espécie de classe executiva de avião. Produzido nos Estados Unidos, chegará ao Brasil no segundo semestre para brigar com utilitários-esportivos do calibre de Mercedes-Benz GLS e Audi Q8 (outro que vem aí). O preço deverá ficar na faixa dos R$ 600 mil.

As grandes dimensões (5,15 metros de comprimento e 2 metros de largura) resultam em muito espaço interno. Além disso, há luxo de sobra. De série, o X7 é oferecido com sete lugares. Opcionalmente, pode acomodar até seis pessoas. Não, você não leu errado. No modelo mais exclusivo, leva-se menos um passageiro, mas os felizardos viajam com (ainda) mais conforto.


Ar-condicionado de quatro zonas

Os bancos dianteiros oferecem massagem (para aliviar tensões) e ventilação (para amenizar o calor). O ar-condicionado digital vem de série com regulagens de temperatura para quatro ambientes. Isso quer dizer que os dois ocupantes da frente e mais dois da fila central podem selecionar temperaturas diferentes.

Opcionalmente, o ocupante da terceira fila também pode escolher o nível de frio ou calor que quiser. Caso o frio aperte (durante o trajeto, a temperatura externa baixou para 6°C), pode-se acionar o aquecimento do volante.


A unidade utilizada na viagem tinha seis lugares, sendo que todos os assentos dispõem de ajustes elétricos. Além disso, mesmo da fileira central pode-se comandar o sistema de som, acompanhar o trajeto pelo mapa do navegador GPS ou assistir a um filme pelo DVD.

A unidade avaliada pelo Jornal do Carro estava equipada com o sistema de som opcional da Bowers & Wilkins. São 20 alto-falantes que fornecem som de alta fidelidade e 1.500 Watts de potência. Com ele, o interior transforma-se em uma sala de concerto.

Atrás da enorme grade dianteira (a maior já utilizada em um BMW), o X7 pode ter quatro opções de motores, sendo duas a gasolina (3.0 turbo de seis cilindros e 4.4 V8 biturbo) e duas a diesel (3.0 seis-cilindros com um ou quatro turbos). Ainda não há informações sobre a que virá para o Brasil. Porém, o mais provável é que ao menos inicialmente a escolha recaia sobre o 4.4 V8 biturbo a gasolina (a avaliada pela reportagem). O câmbio é automático de oito marchas.


X7 é rápido e silencioso

Em nosso convívio de um dia inteiro de estrada, o X7 xDrive50i mostrou ser ágil na aceleração e nas retomadas de velocidade. Apesar das dimensões e do peso (2.460 kg), vai de 0 a 100 km/h em 5,4 segundos, conforme informações da BMW.

Pisando um pouco mais forte no acelerador, a característica sinfonia que emana do V8 é capaz de disputar com o sistema de som. Caso contrário, o silêncio impera. Por isso, andando a cerca de 130 km/h, normalmente a velocidade máxima permitida nas estradas dos EUA, a impressão é a de que o carro está a apenas 80 km/h.


Além do bom isolamento acústico, contribui para essa sensação a suspensão a ar (de série), capaz de absorver eventuais imperfeições do piso e de manter a carroceria nivelada em curvas, frenagens e acelerações.

Veja também a avaliação do novo Mercedes-AMG C 63 S


Acabamento interno é luxuoso

Uma das coisas que mais chamam atenção no X7 é a alavanca de câmbio, semelhante a um diamante lapidado. O comando da transmissão, porém, é apenas um dos encantos espalhados por dentro do maior SUV da marca alemã.

O quadro digital tem tela de 12,3”. A central multimídia, com as mesmas dimensões, facilita a leitura do mapa do GPS. O acabamento de madeira escura no painel e console da unidade avaliada conferem aspecto sofisticado.


O teto solar panorâmico estende-se até a terceira fila de bancos. Para facilitar o acesso a ela, as portas traseiras são bem maiores que as dianteiras. Porém, caso a terceira fileira não seja necessária, a capacidade de carga pode ser ampliada rebatendo-se os dois lugares a um toque de botão. O retorno também é feito eletricamente.

 


Também em nome da comodidade, a tampa traseira bipartida tem abertura e fechamento automáticos. E, para facilitar a carga de objetos pesados, a suspensão pode baixar 4 cm – sempre a um toque de botão.

O X7 dispõe de correção de saída de faixa e freia sozinho se o motorista ficar por mais de 1 minuto sem segurar o volante.


Ficha técnica

Motor
4.4, V8, 32V, biturbo, gasolina

Potência (cv)
462 de 5.250 a 6.000 rpm

Torque (mkgf)
66,3 de 1.500 a 4.750 rpm


Câmbio
Automático, oito marchas

Comprimento
5,15 metros

Entre-eixos
3,1 metros


0 a 100 km/h
5,4 segundos

Fonte: BMW

O jornalista viajou a convite da BMW


Veja também a avaliação do novo Porsche 911 na Espanha:

Atualizada dia 21/3 às 15h40


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.