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Carros usados que são sempre valorizados
Mercado

Carros usados que são sempre valorizados

Reunimos alguns carros usados que não esquentam lugar na garagem e encontram novos donos com facilidade

Hairton Ponciano Voz

13 de fev, 2020 · 8 minutos de leitura.

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toyota corolla
Medida visa beneficiar estados que não concedem o benefício de isenção do IPVA por idade do veículo
Crédito:Toyota/Divulgação

Vender automóvel usado não é uma tarefa tão simples. Às vezes, quem quer se desfazer de seu carro tem de ouvir contrapropostas muito mais baixas do que o pretendido. Às vezes, indecentes. Há também quem prefira apontar falhas (existentes ou não) com o único objetivo de desvalorizar o companheiro de várias jornadas.

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Mas nem sempre é assim. Há veículos usados que são muito bem-vindos no mercado. Antigamente, dizida-se que eram “cheques visados”. Ou seja: eram como dinheiro vivo, uma garantia de que não ficariam parado quando fossem anunciados.

O termo “cheque visado” caducou faz tempo, da mesma forma como o cheque caiu em desuso.


Mas alguns carros continuam tendo boa procura no mercado de usados, da mesma forma como no passado Fusca não parava na loja.

Reunimos alguns exemplos de “Fuscas” atuais, ao menos do ponto de vista da liquidez.

Toyota Fielder: o carro usado fácil de vender

Um deles é o Toyota Corolla. Da mesma forma como o sedã faz sucesso no mercado de carros novos, o usado não esquenta lugar na loja, graças à fama de inquebrável e de manutenção barata.


O mesmo se aplica à versão perua do modelo, a Fielder. Quem esperava que o fim de produção iria causar alguma depreciação do modelo, viu exatamente o contrário.

A Fielder foi produzida de 2004 a 2008, mas, apesar da vida efêmera, conquistou o coração de muita gente, numa época em que não se falavam em SUVs. Ainda hoje, um modelo do último ano de produção, 2008, pode custar perto de R$ 30 mil, se estiver bem conservada.



Em maior ou menor grau, outros modelos de marcas japonesas também encontram boa receptividade no mercado de usados.


Um bom exemplo é o Honda Civic de forma geral, e o modelo de oitava geração em particular. Essa geração foi produzida de 2006 a 2012. Com linhas agressivas, atraiu muita gente enquanto foi produzido, e continua muito apreciado no mundo dos usados. Na época, suas linhas eram consideradas futuristas. E não é que cativam até hoje?

Outros Honda também fazem sucesso

Não é só o Civic que faz sucesso no mercado de usados. O City, sedã menor que o Civic, também tem seu público, justamente por ser uma opção mais em conta do que o irmão maior. O modelo tem fama de dar pouca manutenção, e as revisões tendem a ser baratas. Além disso, tem bom espaço interno, especialmente no porta-malas.

Mais que ele, o Fit também tem seu público cativo. Tanto que o modelo sempre foi o mais vendido da categoria (a dos monovolumes), mesmo sendo o mais caro do segmento. Ele conviveu com concorrentes como Fiat Idea e Chevrolet Meriva, e viu a morte dos companheiros. Na verdade, viu a morte do segmento! E permanece firme, tanto novo como usado. Só pede atenção na suspensão. Durinha, ela sofre um pouco com a buraqueira das ruas brasileiras.


SUVs, sempre eles

Como não dá para falar de carro que todo mundo quer sem falar de SUVs, vamos lá: o Honda HR-V chegou fazendo sucesso instantâneo no mercado de novos, e isso tem se refletido entre os seminovos. A mecânica, derivada da do Civic, é confiável, idem para a fama de robustez e manutenção barata.

Outro SUV que encontra comprador fácil é o Jeep Renegade. Com motor 2.0 a diesel, não encalha nem na lama nem nas lojas. Com motor 1.8 flexível, o desempenho não é tão bom, mas o visual garante o sucesso.


O novo Hyundai HB20 chegou causando polêmica, principalmente por causa do visual. Mas o modelo antigo, produzido até o ano passado, ainda está nos braços do povo. A garantia de cinco anos é um ponto muito importante, que ajuda ainda mais a facilidade de venda do modelo usado.

O Toyota Etios também tem seus trunfos no mercado de usados. O modelo não tem o apelo visual do HB20 antigo, mas o carro, tanto hatch como sedã, tem mecânica simples, robusta, confiável e eficiente. Sem falar no logotipo da Toyota na grade.

O Nissan Versa é outro carro que tem boa procura. Não por acaso, é o queridinho dos motoristas de aplicativo, graças ao amplo espaço traseiro. Não é a coisa mais linda do mundo, mas, além do espaço, oferece boa dirigibilidade e é econômico. As revisões na Nissan não são caras e o modelo não dá defeito à toa.


Up!: melhor usado do que novo

O subcompacto Up! não vai muito bem no mercado de novos. Lá, ele apanha feio de seu concorrente mais direto, o Fiat Mobi. Mas, entre os usados, ele vai à forra, especialmente se tiver motor TSI, turbo. Como é pequeno e tem 105 cv, é quase um esportivinho, muito bom de guiar e igualmente muito econômico.

E, para finalizar, o Gol não poderia faltar. Além de continuar a ser um carro bem vendido entre os novos (é o sexto mais vendido do ranking), ainda é um carro que não faz feio quando o assunto é confiabilidade mecânica e bom valor de revenda. Além disso, continua a ser agradável ao volante, especialmente a partir do chamado Gol “G5”, lançado em 2008.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.