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Volkswagen pode fazer picape grande elétrica para os Estados Unidos
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Volkswagen pode fazer picape grande elétrica para os Estados Unidos

Conceito de picape Atlas Tanoak fez sucesso, mas não deverá ganhar versão final

Redação

14 de fev, 2020 · 3 minutos de leitura.

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Conceito foi baseado no SUV Atlas
Crédito:Shannon Stapleton/Reuters
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Ao que tudo indica, a Volkswagen pode mudar radicalmente os planos da picape média-grande para o mercado americano. Apesar do conceito Atlas Tanoak ter feito muito sucesso em 2018, o mercado não deverá ganhar uma versão de produção. A afirmativa é do próprio vice-presidente da divisão de marketing da VW norte-americana, Hein Schafer.

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De acordo com o executivo, transformar o SUV Atlas numa picape viável custaria muito tempo e dinheiro. E mesmo que chegasse ao estágio de produção, o modelo não seria capaz de entregar as mesmas capacidades de uma picape convencional. A Atlas Tanoak teria carroceria monobloco, ante as com chassi separado como a Ford F-150. A VW acredita que acabaria competindo apenas com a Honda Ridgeline, também monobloco. No entanto, as vendas baixas do modelo da Honda desencorajaram o investimento da Volkswagen.

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Schafer também acrescentou que se a VW levar uma picape aos Estados Unidos, é mais provável que seja uma versão de produção do conceito Tarok, mostrado no Salão de São Paulo em 2018. A Tarok é aguardada para o mercado brasileiro. Por aqui, competirá diretamente com a Fiat Toro, também um sucesso de vendas.

VW pode não ter picape nenhuma

Ainda assim, a divisão americana da marca não parece convencida a se aventurar no mercado de picapes tão cedo nos Estados Unidos. A previsão é do chefão de operações da marca por lá, Johan de Nysschen, afirmou em entrevista à revista Motor Trend. O executivo acredita que agora a maneira mais viável para a VW é criar uma picape elétrica.

O segmento é promissor e deverá ser a porta de entrada para as picapes de várias marcas sem tradição no segmento. Tanto que Ford e GM estão se movimentando para entregar também versões elétricas de suas consagradas caminhonetes.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”