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Montadoras na China estão confiantes em recuperação de mercado
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Montadoras na China estão confiantes em recuperação de mercado

Na China, montadoras já começam a fazer promoções para atrair os compradores de volta às concessionárias

Redação

02 de abr, 2020 · 5 minutos de leitura.

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volkswagen id.3
A Volkswagen pretende vender 1,5 milhão de carros elétricos, como o ID.3, na China a partir de 2025
Crédito:Aly Song/Reuters

Após a queda brutal nas vendas de automóveis na China, por causa do novo coronavírus, os empresários aos poucos vão recuperando o otimismo. E já preveem rápida recuperação do maior mercado automotivo do mundo.

De acordo com o diretor de negócios do Grupo Volkswagen na China, Stefan Woellentein, o grupo espera que as vendas de veículos na China quadrupliquem em março. A entrevista foi feita anteontem, portanto antes do fechamento dos números.

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“Estamos cautelosamente otimistas de que os piores efeitos da crise ficarão para trás em dois a três meses”, disse o executivo.


Em fevereiro, o mercado chinês registrou somente 250 mil unidades vendidas. Mas a expectativa era de que em março o mercado fechasse com 1 milhão de veículos emplacados.

De acordo com Woellentein, a procura ainda é baixa, mas ele garantiu que a empresa está preparada para aumentar a capacidade de produção. Além da Volkswagen, diversas outras montadoras estão retomando as operações na China, após a paralisação.

Vendas na China este ano devem cair de 3 a 15%

“Há mais e mais sinais de que os negócios estão se recuperando”, disse. “Até o meio do ano, podemos voltar ao volume planejado no ano passado”, complementou.


Segundo estimativas da Volkswagen, este ano o mercado chinês deve cair de 3 a 15% em relação ao ano passado.

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Mesmo assim, os investimentos do grupo alemão no país asiático não foram alterados. “Assumimos que a recuperação continuará e que voltaremos a operar num ambiente normal de mercado em 2021”, acrescentou Woellenstein.


A Volkswagen planeja vender 1,5 milhão de carros elétricos por ano na China a partir de 2025.

Geely também está otimista no mercado da China

A Geely Automobile Holdings, maior grupo automotivo da China, espera vendas domésticas de 1,41 milhão de automóveis este ano, um crescimento de 3,5% sobre 2019.

Apesar de enfrentar a maior dificuldade em 23 anos de existência, por causa da crise do coronavírus, a empresa não pretende cortar salários. Em vez disso, a montadora planeja fazer “mudanças organizacionais” e melhorar a eficiência.




A companhia também garantiu que estão mantidos os planos de lançamento de seis modelos da marcas Geely, Lynk & CO e Geometry, que fazem parte do mesmo grupo.

Também permanece nos planos do grupo industrial a introdução da marca Lynk & CO na Europa no fim deste ano.

Mercado chinês deverá ter várias promoções

Com a China aos poucos retomando o ritmo de antes da paralisação por causa da covid-19, montadoras e concessionárias de todo o país estão buscando formas de atrair os compradores de volta aos showrooms. Por isso, são esperadas promoções e formas criativas de vendas.


A Geely está realizando entrega de veículos desinfetados e sem contato físico entre pessoas. Para isso, as chaves são entregues aos clientes por drones.

A divisão de veículos elétricos do Grupo Guangzhou Automobile começou a testar um dispositivo que deixa o ambiente do SUV Aion LX com um aroma tradicional da medicina chinesa.

O Grupo SAIC-GM-Wuling oferece descontos de até 11 mil yuan (pouco mais de R$ 8 mil) na compra de qualquer veículo da marca Wuling e Baojun. Os compradores também recebem uma máscara médica.


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