Você está lendo...
Abeifa: julho tem alta de 11% nas vendas de veículos importados
Mercado

Abeifa: julho tem alta de 11% nas vendas de veículos importados

Queda no acumulado do ano somou mais de 25%. Comparação com sétimo mês de 2019 teve retração nas vendas de 4,1%

Redação

06 de ago, 2020 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

importados
Mais de 21 mil importados foram vendidos no Brasil em 2022
Crédito:MARCOS D'PAULA/ESTADÃO

Embora os efeitos provocados pela pandemia da Covid-19 tenham sido mais brandos no último mês, ainda não há motivos para comemoração no setor automotivo. Prova disso é que, mesmo tendo divulgado alta de 11% nas vendas de julho (2.831 unidades) em comparação com o mês de junho (2.551), a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) amarga queda no acumulado do ano e na comparação com o sétimo mês de 2019.

Entre janeiro e julho de 2020, a entidade registrou 14.304 vendas. No mesmo período do ano passado, foram 19.168 – queda de 25,4% no acumulado. E não para por aí. Na comparação com julho de 2019, quando foram comercializados 2.952 veículos importados, a retração foi de 4,1% no mês passado.

Por conta dos baixos números que o setor vem amargando nos últimos meses, a associação que representa as importadoras revisou, recentemente, sua projeção. Deve fechar o ano com cerca de 30 mil unidades emplacadas, número 15% inferior ao registrado em 2019. A previsão inicial, era crescer 20% neste ano. Se tudo continuar caminhando da mesma forma, será o pior montante desde 2017 – com 29,7 mil.

Publicidade


Piora?

De acordo com a Abeifa, o cenário pode ser ainda mais desolador. Para chegar às 30 mil unidades neste ano, o mercado depende de fatores como a manutenção do dólar em R$ 5,10 – nesta quinta-feira (6), está cotado a R$ 5,12 – e, também, de uma reviravolta na economia, comprometida desde a reclusão imposta pelo novo coronavírus.

“Essas vendas estão ainda lastreadas em estoques de unidades importadas antes dessa elevação acentuada do câmbio”, enfatiza João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa.

Portanto, caso haja elevação de custos com importação de novos veículos e fechamento de concessionárias – com consequentes demissões – a situação pode se agravar ainda mais. Neste caso, os importadores, naturalmente, precisarão repassar os custos ao consumidor final. Resultado: preço mais alto, maior queda em vendas.


Participação

Em participação de mercado, dos 163.083 veículos e comerciais leves vendidos no Brasil no mês passado, apenas 1,7% foi representado por modelos importados pela Abeifa.

Quando somam-se os veículos importados e os de produção nacional licenciados pelas associadas, o market share vai para 3,4%. Ou seja, 5.555 modelos comprados pelos brasileiros em julho pertencem às 15 empresas que compõem a Abeifa. São elas: BYD, Volvo, Rolls Royce, Porsche, Mini, Maserati, Lamborghini, Kia Motors, Jaguar, JAC, Ferrari, BMW, Caoa Chery, Land Rover e Suzuki. Apenas as quatro últimas têm fábrica no Brasil.

Em relação à produção local, as quatro fabricantes fecharam julho com 2.724 unidades. Isso quer dizer alta de 27,3% em relação a junho (2.139). Sobre julho do ano passado (2.653), são 2,7% a mais.


No acumulado dos primeiros sete meses de 2020, a produção nacional das filiadas à Abeifa caiu. De de 17.180 unidades em 2019, passou para 14.536. Decréscimo de 15,4%.

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.