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Porsche quer voltar à Fórmula 1 por causa de combustível sintético
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Porsche quer voltar à Fórmula 1 por causa de combustível sintético

Montadora espera decisão da F1 sobre nova era de motores que serão introduzidos em 2025. Assim, Porsche poderá levar às pistas seu combustível sustentável

Emily Nery, para o Jornal do Carro

08 de mar, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Fórmula 1 porsche
Fórmula 1
Crédito:Divulgação/F1

Após anos de rumores da entrada das montadoras do Grupo Volkswagen na Fórmula 1, parece que parcialmente, essa ideia se cumprirá. A Porsche Motorsport pretende entrar no campeonato, assim que as novas regulamentações aceitarem motores com combustíveis mais sustentáveis.

De acordo com uma matéria da BBC divulgada nesta quarta-feira (3), o vice-presidente da Porsche Motorsport, Fritz Enzinger afirmou que a montadora tem interesse em ingressar no maior campeonato de automobilismo mundial. Contudo, somente se a FIA alterar as regulamentações dos motores, visando um propulsor mais ecologicamente sustentável.

“Seria de grande interesse se aspectos da sustentabilidade, como por exemplo, a implementação o eFuel, desempenhasse um papel nisso”, afirmou Enzinger. As novas normas sobre o propulsor, no entanto, só entrarão em vigor na temporada de 2025.

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O que é o eFuel?

Conforme anunciado, a Porsche caminha em passos largos para a eletrificação de seus modelos. Contudo, isso não significa que deixará seus modelos com motores a combustão no passado.

Pensando em uma terceira alternativa, a empresa apresentou o eFuel, que nada mais é do que um combustível sintético que neutraliza emissão de carbono na atmosfera. Sobretudo, ele consegue alimentar veículos a combustão, mas sem o impacto ambiental que os combustíveis fósseis provocam.


Porsche Taycan Cross Turismo
Apesar do enorme sucesso do elétrico Taycan, Porsche procura uma alternativa para carros a combustão Porsche/Divulgação

O empenho da montadora no desenvolvimento deste combustível fez surgir o consórcio com a Siemens, AME, Enel e ENAP e a ExoonMobil. Juntas, elas trabalham para introduzir o eFuel em larga escala.

A introdução da Porsche como uma equipe seria um duplo ganho para a Fórmula. Pois além de montadora, a empresa fabricaria seus próprios motores. Atualmente, Mercedes, Ferrari, Honda e Renault (agora Alpine) são as únicas equipes que projetam seus trens de força.


A partir da temporada de 2022, a Red Bull integrará essa lista ao assumir os motores da Honda, que sairá do campeonato no fim de 2021.

Red Bull fará seus prórpiros motores a partir de 2022
Red Bull;Divulgação

Há chances também da Porsche, bem como o Grupo Volkswagen, fornecerem motores para outras equipes. Segundo a BBC, o Grupo chegou a ter conversas iniciais com a Red Bull, McLaren e Williams.


Novos motores

A nova geração de propulsores da Fórmula 1 ainda está em discussão. O que está certo é que haverá um congelamento no desenvolvimento de motores entre 2022 e 2024. Todavia, os executivos já prometem por algo “poderoso e emocionante” para 2025. Dessa forma, os chefes da F1 junto às equipes decidiram estipular alguns princípios chaves para construção dos futuros motores.

Dentre os “mandamentos”, estão a adoção de um combustível totalmente sustentável, redução significativa de custos, atratividade para novos fabricantes e claro, criação de uma unidade de potência poderosa e emocionante.



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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.