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João Dória veta isenção de IPVA para carros elétricos
Legislação

João Dória veta isenção de IPVA para carros elétricos

Projeto de Lei que defendia isenção do IPVA para modelos elétricos durante 5 anos foi vetado. João Dória alega a falta de uma estimativa orçamentária e de um estudo de compensação

Emily Nery, para o Jornal do Carro

05 de abr, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Toyota Corolla Cross supera expectativa da montadora e tem mais de 4.000 pedidos de reserva em menos de um mês
Crédito:Toyota/Divulgação

Há cerca de três semanas, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou o projeto de lei que isentava carros elétricos de pagarem IPVA. Contudo, o governador João Dória vetou o texto do deputado Emídio de Souza (PT).

A PL 1256/2019 pretendia zerar a tributação do IPVA de carros elétricos, bem como reduzir pela metade o imposto sobre carros híbridos pelos próximos cinco anos.

Dessa forma, se incluiriam neste plano modelos híbridos cujo preço seja inferior a 8 mil UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo). Isto é, menos que R$ 232.720, de acordo com o valor instituído em 2021. Assim, os automóveis cabíveis neste projeto seriam o Toyota Corolla, Corolla Cross e Prius.

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Frota estadual elétrica

O texto também previa tornar 10% da frota veicular da Polícia Militar, Polícia Civil e Detran elétrica até 2025. Já a composição do sistema de transporte coletivo deveria dispor de 5% de veículos elétricos.

Dessa forma, cerca de 90% dos veículos do Estado de São Paulo disponibilizariam de propulsão elétrica a partir de 2035.

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O Toyota Prius seria um dos poucos híbridos que estaria dentro do programa para isenção do IPVA

Parcerias com parques tecnológicos

De acordo com a proposta, o governo paulista poderia estabelecer parecerias com  Parques Tecnológicos, Institutos de Pesquisa, empresas e universidades. Tal cooperação, portanto, seria responsável por “realizar obras de infraestrutura de suporte aos veículos”.

Como justificativa, o deputado estadual defendeu que o carro elétrico trazia uma relação custo-benefício melhor do que o carro a combustão. E que  “a proposta apresentada vai no esteio de diversas experiências bem sucedidas em vários países que optaram por veículos movidos à base de energia renovável”, explicava.

Justificativa do governador

Por sua vez, o governador João Dória afirma que não houve estimativa de quanto à renuncia do IPVA para carros elétricos impactaria ao orçamento do estado.


Além disso, o governador alega que não houve uma demonstração de compensação da isenção do imposto. Ou seja, o texto não divulga um estudo de compensação que mostre de onde o estado pode aumentar a tributação para compensar a isenção do imposto a carros eletrificados.

O governador também afirma que a iniciativa de transporte público movido à propulsão elétrica deve ser tratada somente pelo Poder Executivo. Não caberia ao poder legislativo dar entrada em um Projeto de Lei dessa esfera.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.