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Honda CR-V 2021 chega com dois anos de atraso no Brasil por R$ 264.990
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Honda CR-V 2021 chega com dois anos de atraso no Brasil por R$ 264.990

Arquirrival do Toyota RAV4, CR-V passa por leve mudança estética, mas conta com pacote de segurança Honda Sensing e cabine recheada na medida

Emily Nery, para o Jornal do Carro

28 de abr, 2021 · 7 minutos de leitura.

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Honda CR-V 2021
Honda CR-V 2021
Crédito:Divulgação/Honda

Lá em 2019, a Honda anunciou a chegada do CR-V nos EUA. Na época, o SUV passou por um leve facelift e dispunha de uma nova versão híbrida. Um ano e sete meses depois, o SUV reestilizado finalmente chega ao Brasil na versão Touring e deixa de lado a mecânica híbrida. Por singelos R$ 264.990, o preço é R$ 10 mil a menos do que o oferecido por seu rival híbrido, Toyota RAV4.

O utilitário esportivo mais caro da Honda estreia na linha 2021 R$ 55 mil mais caro que a versão anterior oferecida no Brasil. Dessa forma, são significantes as alterações visuais. A dianteira mais discreta, abandona a grade cromada e adota elementos na cor preta.

Os faróis full-LED seguem intactos e há uma nova moldura ao para-choque que evidencia o desenho interno em forma de colmeia. Na lateral, destaque para as novas rodas de liga leve de 18″ escurecidas e o novo friso cromado.

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Honda CR-V 2021
Ainda que não traga motorização híbrida, novo CR-V adota importantes evoluções na segurança Divulgação/Honda

Já na traseira, a grande mudança está no novo para-choque, que traz friso “dark chrome” presente em toda extensão da tampa do porta-malas. As lanternas ficam mais recatadas por causa do acabamento fumê e, para finalizar, há novas saídas de escapamento.

Cabine mais tecnológica

A fim de fazer jus ao preço e ao posicionamento dentro da Honda, o CR-V chega bem recheado. Na cabine, a Honda adicionou um inédito carregador de celular por indução, ar-condicionado digital de duas zonas, painel de comando digital, Head Up Display, portas USB reposicionadas, teto solar panorâmico, console central com acabamento amadeirado e nove alto falantes.


Honda CR-V 2021
O acabamento interno possui elementos em amadeirados nas portas, no painel, bem como no console central Divulgação/Honda

Pensando no conforto, o banco do passageiro conta com regulagem elétrica de quatro funções, enquanto o do motorista oferece oito ajustes elétricos e lembra da posição de preferência do contudo.

No centro do painel, a central multimídia de 7″ oferece GPS nativo, bem como aparelhamento para Apple CarPlay e Android Auto. Com o intuito de reduzir o consumo de combustível, o CR-V utiliza o sistema Idle Stop, que desliga automaticamente o motor em paradas.


Honda CR-V 2021
Divulgação/Honda

Pacote de segurança

Sem surpresas sob o capô, a grande novidade do utilitário esportivo, portanto, fica a cargo do pacote de segurança e assistência ao motorista Honda Sensing.

O conjunto é formado por recursos como o assistente de mudança de faixa, controle de cruzeiro adaptativo com ajuste de velocidade, sistema para mitigação de evasão de pista, assim como o sistema de frenagem para mitigação de colisão


Além disso, entram na lista seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois de cortina), sistema ISOFIX de fixação de cadeirinhas e freios de estacionamento elétrico com sistema Brake Hold.

Honda CR-V 2021
Divulgação/Honda

Vale ressaltar que o mesmo pacote de segurança está presente no Accord e:HEV, que estreou há pouco no Brasil. Espera-se que a tecnologia chegue em toda gama da Honda, inclusive no novo City.


Controles remotos

A reestilização de meia vida também oferece o sistema Walk Away Auto Lock, que tranca automaticamente o veículo quando o motorista se afasta. À distância, é possível também dar partida no motor e acionar o sistema de climatização por meio do controle da chave.

Honda CR-V 2021
Embora nso EUA o CR-V ofereça mecânica híbrida de até 213 cv, o SUV reestilizado chegou ao Brasil com o mesmo motor 1.5 turbo de até 190 cv de potência Divulgação/Honda

Motor turbinado não muda

Sem alterações mecânicas, o motor de quatro cilindros 1.5 DOHC turbo com injeção direta segue no CR-V Touring. Ele desenvolve até 190 cv e tem torque de 24,5 mkgf. Acoplado ao propulsor, está o câmbio automático do tipo CVT. Como de costume, a tração é integral.


Customização

Em versão única, o SUV tem o preço tabelado em R$ 264.990 (exceto em São Paulo e Paraíba). O proprietário pode optar pelas cores White Pearl, Crystal Black Pearl e Platinum Silver Metallic, assim como escolher uma entre três opções de acabamento interno.



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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”