Você está lendo...
Stellantis vai lançar carros elétricos de Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot no Brasil
Mercado

Stellantis vai lançar carros elétricos de Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot no Brasil

Grupo Stellantis planeja lançar no 2º semestre primeiros carros elétricos das marcas, começando por Fiat 500e e Peugeot 208 e-GT

Diogo de Oliveira

04 de jun, 2021 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

Peugeot 208 elétrico Stellantis
Peugeot 208 e-GT elétrico estreia no Brasil no segundo semestre de 2021
Crédito:Peugeot/Divulgação

Faz menos de um mês que a Stellantis confirmou que vai lançar dois carros elétricos no 2º semestre. O grupo automotivo, que nasceu da fusão da FCA com a PSA em janeiro deste ano, vai investir pesado na eletrificação. Por isso, confirmou as vindas do Fiat 500e e do Peugeot 208 e-GT. Agora, a novidade é que Citroën e Jeep também terão modelos a eletricidade.

Ao menos é o que confirmou o presidente da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa. Em entrevista à Folha de Pernambuco, o executivo deu mais detalhes da estratégia de eletrificação do grupo no Brasil. A empresa já firmou, por exemplo, parceria com a Ecovagas para instalar 200 pontos de recarga de carros eletrificados nos próximos meses.

“Primeiro vamos testar o mercado, por cerca de 5 a 6 anos, (mas) ainda não tem nada definido. Até o final do ano deve chegar o 500, da Fiat, o Jeep Compass, assim como um Peugeot e outro Citroën. Tudo será materializado com novidade em infraestrutura”, declarou Antonio Filosa.

Publicidade


Segundo o executivo, a Stellantis vai “importar carros de todas as marcas, para entender o quanto o mercado é acolhedor com essas tecnologias”.

Jeep Compass 4xe Stellantis
Jeep/Divulgação

Citroën e Jeep na tomada

Na entrevista, Antonio Filosa não diz que modelos virão ao Brasil. Entretanto, na gama da Jeep já sabemos: será o Compass 4xe, versão híbrida do tipo plug-in, recarregável em tomadas e com modo puramente elétrico. O modelo combina o motor 1.3 turbo a outro elétrico de 60 cv que traciona as rodas traseiras. Assim, oferece tração 4×4.


Do lado da Citroën, não está claro qual será a aposta da Stellantis. Recentemente, a marca do duplo chevron lançou na Europa o e-C4 (foto), verão elétrica da nova geração Citroën C4, que virou um crossover. O modelo usa uma bateria de 50 kWh e um motor de 136 cv (100 kW). Além dele, a francesa tem o SUV maior C5 Aircross em versão híbrida plug-in.

Citroën e-C4 elétrico Stellantis
Citroën/Divulgação

Fiat 500 e Peugeot 208 confirmados

Conforme antecipamos no Jornal do Carro, a volta do Fiat 500 virá por meio da sua variante elétrica, o 500e, já flagrado em testes no Brasil. Segundo o Autos Segredos, o hatch virá importado na versão de topo Icon. O seu motor elétrico tem 85 kW e gera até 118 cv, além de 22,4 mkgf de torque.


Desse modo, o Fiat 500e acelera de zero a 100 km/h em rápidos 9 segundos. Mas a velocidade máxima não ultrapassa os 150 km/h.

Fiat 500e elétrico Stellantis
Fiat/Divulgação

Já o Peugeot 208 e-GTtestado pelo Jornal do Carro, enfim terá vendas para o público geral. O elétrico importado de Trnava, na Eslováquia, deu um show no desempenho. Com a mesma bateria de 50 kWh, o motor elétrico do 208 e-GT produz os 136 cv do Citroën e-C4, bem como um torque de 26,5 mkgf. Assim, arranca de zero a 100 km/h em 8,5 segundos.


Parceria com a Estapar

De acordo com a Stellantis, os pontos da Ecovagas conseguirão abastecer cerca de 80% da bateria em aproximadamente 3 horas. Em um primeiro momento, 23 cidades em 10 estados receberão as estações em locais como shoppings centers, aeroportos, hospitais, arenas, prédios comerciais e instituições de ensino com estacionamentos administrados pela Estapar.



O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”