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Jeep Commander é flagrado na Argentina com as lanternas do Compass
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Jeep Commander é flagrado na Argentina com as lanternas do Compass

SUV de sete lugares da Jeep, Commander será lançado no final deste ano e, por enquanto, roda em testes com camuflagem leve

Emily Nery, Especial para o Jornal do Carro

10 de jun, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Jeep Commander
Jeep Commander é flagrado na região de Córdoba, na Argentina
Crédito:Autoblog Argentina/Reprodução

Depois da renovação do Compass, o grande lançamento da Jeep para 2021 será o Commander. Mesmo com atrasos relativos à pandemia, o novo SUV de 7 lugares chegará até o final deste ano. Por enquanto, ele é clicado em testes no Brasil e na América do Sul. O último flagra, inclusive, mostra o jipão com as mesmas lanternas reestilizadas do irmão.

Entretanto, isso não significa que os dois SUVs terão a mesma traseira. Na verdade, os flagras feitos pelo leitor do Autoblog Argentina, Gaspar R, na região de Córdoba, mostram uma mula de testes com peças emprestadas do novo Compass. Tal como a Jeep já mostrou nos teasers, o Commander será um produto diferente do Compass no visual.

Jeep Commander é flagrado na região de Córdoba, na Argentina
Reprodução/Autoblog Argentina/ Gaspar R

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Mais comprido

Sem as camuflagens pesadas, as mulas de testes do Commander mostram, portanto, um pouco mais das formas do novo SUV da Jeep. É possível ver claramente nas laterais que há uma terceira janela na parte trás. A traseira mais quadrada foi a solução para ampliar o espaço necessário na cabine para instalar a terceira fileira de bancos.

Para despistar paparazzis de plantão, a Jeep colocou apliques na dianteira. Em especial, na grade e na moldura das luzes de neblina. Assim, a foto mostra o conjunto ótico novamente parecido com o do Compass, com filetes de LEDs acima dos faróis principais.

Da mesma forma, as luzes de neblina estão envoltas por camuflagem e parecem conectadas à fenda que fica no centro do para-choques, logo acima da placa. Ou seja, parece ser o mesmo para-choques do SUV médio, o que sugere que as unidades fotografadas na Argentina ainda não usam peças da versão final do Commander.


Jeep Commander é flagrado na região de Córdoba, na Argentina
Reprodução/Autoblog Argentina/ Gaspar R

Interior do irmão menor

Se vai ter estilo próprio na parte externa, na cabine o Commander deverá herdar várias peças de seu irmão menor. Porém, o interior do SUV de sete lugares promete ser ainda mais sofisticado. Assim, certamente terá central multimídia com internet (Adventure Intelligence), além do quadro de instrumentos em tela colorida full HD de 10 polegadas.

Interior do Jeep Compass Jeep/Divulgação

De acordo com a Jeep, ele será o carro nacional mais tecnológico de sua gama. Então, podemos esperar recursos avançados de assistência ao motorista e de segurança ativa e semiautônoma.



E quanto ao motor?

Escondido sob o capô está o motor 2.0 turbodiesel de 170 cv de potência e 35,7 mkgf de torque. Ele trabalhará com a transmissão automática de 9 velocidades, bem como vai oferecer ajustes para condução off-road. Essa motorização terá um tanque auxiliar com o reagente Arla 32 para reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio.

Além disso, algumas versões podem ter o novo motor 1.3 turbo T270 com 183 cv de potência e 27,5 mkgf de torque. O jipão será feito em Goiana (PE) deve chegar ao mercado no último trimestre do ano para disputar vendas com o Tiggo 8, Tiguan Allspace e até a Toyota SW4.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”