O mercado brasileiro de SUVs está literalmente dominado pela Jeep. Entre janeiro e setembro, a marca de SUVs do grupo Stellantis emplacou mais de 111 mil unidades da dupla Renegade e Compass. Com um fôlego mensal impiedoso, dificilmente a Jeep perderá a liderança em 2021. Mas GM e Volkswagen esperam um fim de ano melhor para T-Cross e Tracker.
Em 2020, o T-Cross foi o SUV mais vendido do Brasil. Entretanto, neste ano, a escassez de chips fez a marca alemã parar a produção na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná. Assim, para reduzir o prejuízo, a Volkswagen lançou a versão Sense, que era exclusiva para PCD. E, por isso, tem menos equipamentos – e demanda menos semicondutores.
Fim do Fox e prioridade para o T-Cross
Nesta semana, a montadora alemã anunciou – com algum atraso – o fim da produção do Fox. Tal como revelamos no Jornal do Carro, o hatch teve, portanto, sua última unidade produzida no dia 29 de setembro. Na ocasião, funcionários quebraram o protocolo, e, então, publicaram fotos do modelo nas redes sociais. Dessa forma, o Fox se despede para que a fábrica paranaense concentre seus esforços na produção do T-Cross.
Produção dobrada para o Tracker
Do lado da General Motors, a expectativa é de retomar os volumes do Chevrolet Tracker entregues no início de 2021. Em março, a montadora chegou a emplacar 6.410 unidades do SUV feito em São Caetano do Sul (SP). Contudo, a fábrica precisou parar no meio do ano, para preparar a linha de montagem para receber a nova geração da picape Montana.
Para se ter ideia do impacto, com a paralisação em São Caetano do Sul, o Tracker teve só 244 unidades emplacadas em julho. Mas em setembro, o número já subiu para 3.936 unidades. Não por acaso, mesmo com os percalços, o SUV compacto da Chevrolet é o 5º modelo mais vendido do ano na categoria, considerando o acumulado até setembro.
Novo Hyundai Creta para cima dos líderes
No meio dessa disputa está o Hyundai Creta, que acaba de ganhar uma nova geração feita em Piracicaba. O SUV chegou às concessionárias da marca sul-coreana há cerca de duas semanas totalmente repaginado e com um posicionamento de preços maior – vai de R$ 107.490 até R$ 149.990, isso fora de São Paulo, onde parte de R$ 111.190 e alcança R$ 152.290.
Na disputa com Renegade e Compass, que estão muito à frente nas vendas, o Creta vai contar com o reforço do modelo anterior, que continua em linha com preço na faixa dos R$ 100 mil. Inclusive, o Creta Active foi liberado com isenções para o público PCD, o que pode ajudar o SUV feito em Piracicaba a emplacar mais vendas no País, garantindo seu lugar no pódio de 2021.
Corolla Cross também quer subir
Outro modelo que vive um excelente ano é o Corolla Cross. Embora tenha estreado em março, com entregas em abril, o SUV médio da Toyota já é o 9º mais vendido do segmento. Em alguns meses, inclusive, chegou a aparecer entre os 5 mais emplacados. Diante do seu sucesso, a japonesa anunciou em setembro a abertura do terceiro turno em Sorocaba.
Entre os SUVs médios, outro que começa a aparecer no ranking é o Volkswagen Taos. O modelo estreou no meio do ano e vem mantendo um volume médio mensal de 1.000 unidades. Ou seja, muito pouco na comparação com Corolla Cross e, sobretudo, com o Jeep Compass, que, em setembro, vendeu seis vezes mais que o rival da marca alemã.
Ranking: SUVs mais vendidos de setembro
- 1º) Jeep Compass – 6.823
- 2º) Volkswagen T-Cross – 5.733
- 3º) Hyundai Creta – 4.550
- 4º) Jeep Renegade – 4.503
- 5º) Chevrolet Tracker – 3.936
- 6º) Honda HR-V – 3.502
- 7º) Volkswagen Nivus – 3.356
- 8º) Toyota Corolla Cross – 3.050
- 9º) Nissan Kicks – 2.903
- 10º) Citroën C4 Cactus – 1.542
- 11º) Toyota SW4 – 1.155
- 12º) Honda WR-V – 1.125
- 13º) Caoa Chery Tiggo 5X – 1.122
- 14º) Volkswagen Taos – 1.092
- 15º) Caoa Chery Tiggo 8 – 1.063
*Dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos)