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GM dará fim ao Joy e Joy Plus, versões de entrada do Onix, em janeiro
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GM dará fim ao Joy e Joy Plus, versões de entrada do Onix, em janeiro

GM confirma retirada da dupla do mercado brasileiro por falta de interesse dos consumidores; produção em São Caetano do Sul será voltada à exportação

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

31 de dez, 2021 · 6 minutos de leitura.

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Tracker
Chevrolet Joy deixou de ser atrativo por não ter o mesmo nível de tecnologia do irmão Onix
Crédito:Chevrolet/Divulgação

O Onix foi uma das maiores estrelas do estande da Chevrolet no Salão do Automóvel de São Paulo de 2012. Em outubro daquele ano, começou a produção do modelo. Feito nas versões hatch e sedã, ainda está em linha com a mesma carroceria. Porém, com a chegada da segunda geração, no fim de 2019, o veterano foi rebatizado com o nome de Joy e Joy Plus e reposicionado como opção de entrada da família. Porém, a GM acaba de confirmar ao Jornal do Carro que a dupla sairá de cena em janeiro.

Segundo a fabricante, por meio de nota, isso tem a ver com a mudança de comportamento do consumidor. De acordo com o comunicado, “desde o lançamento do Novo Onix e Onix Plus, a empresa vem registrando uma intensa migração dos consumidores para versões mais tecnológicas e equipadas destes modelos. Com isso, a produção da linha Joy na fábrica de São Caetano do Sul (SP) passa a ser destinada exclusivamente para exportação.”

Assim como fez com outros modelos, como o Corsa, a GM adotou a estratégia de manter duas gerações do mesmo modelo convivendo ao mesmo tempo. Porém, essa estratégia não é exclusividade da marca. Por exemplo, a Fiat manteve em linha o Mille antigo após o lançamento do novo Uno. Da mesma forma, a Volkswagen manteve o Gol bolinha à venda após a chegada da nova geração do hatch.

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Fim dos dois modelos abre espaço para a nova Montana

Como resultado, essa sobreposição acaba sendo usado pelas fabricantes como ferramenta de marketing. Isso porque, no ranking de emplacamentos, os números dos carros novos e dos antigos são somados. Essa é a regra utilizada pela Senatran que, por sua vez, gera os relatórios utilizados para monitorar as vendas do mercado. Por exemplo, é o caso da lista divulgada mensalmente pela Fenabrave.

joy
Chevrolet/Divulgação

Seja como for, o fim do Joy e do Joy Plus vai ajudar na atualização da fábrica do ABC paulista. Trata-se da planta em que vai ser feita a nova Montana. A picape, que vai crescer e será rival da Fiat Toro, por exemplo, será um modelo inédito.


Vale recordar que, em junho, o então presidente da GM América do Sul, Carlos Zarlenga, confirmou o nome Montana durante exibição de vídeo que mostrava obras de modernização da fábrica paulista. Assim, o executivo confirmou a continuidade do investimento de R$ 10 bilhões no País. O anúncio havia sido feito em 2019. Porém, o investimento estava congelado por causa da pandemia da covid-19.

Nova Chevrolet Montana
Divulgação/GM

Montana terá base de Tracker e Onix

Embora a GM não tenha revelado a data de lançamento, a nova Chevrolet Montana deve ser revelada em 2022. Por enquanto, apenas a silhueta do modelo foi apresentada pela marca. Além disso, fotos de unidades flagradas em testes em outubro, na Coreia do Sul, circulam na internet. De concreto, o que se sabe é que o modelo será construído sobre a base global GEM. Trata-se da mesma plataforma utilizada em veículos como o SUV Tracker e os compactos Onix (hatch) e Onix Plus (sedã).


lançamentos
Sonho Bobbae

Segundo rumores, a picape terá motor 1.2 turbo flexível. Trata-se do mesmo três-cilindros flexível que equipa o Tracker e gera, com etanol, 133 cv de potência e 21,4 mkgf de torque. O câmbio deve ser o automático de seis marchas, também utilizado no SUV compacto. Outra possibilidade, bem mais remota, é que a picape terá um novo 1.3 turbo de três-cilindros com injeção direta de combustível. Nesse caso, a potência seria de 163 cv. Seja como for, uma forte concorrência vem por aí. A primeira novidade será a Ford Maverick. Por sua vez, Hyundai Santa Cruz e a Volkswagen Tarok ainda não foram confirmadas pelas respectivas marcas.

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.