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DeLorean ficou famosa com De Volta Para o Futuro e prepara novo carro elétrico EVolved
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DeLorean ficou famosa com De Volta Para o Futuro e prepara novo carro elétrico EVolved

Com previsão de estreia em agosto deste ano, novo DeLorean promete renascer tecnológico e com bom desempenho; modelo será lançado nos EUA

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

09 de abr, 2022 · 5 minutos de leitura.

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DeLorean
Novo DeLorean será revelado no Pebble Beach Concours d’Elegance
Crédito:Divulgação/DeLorean

Após anunciar a volta do DeLorean, a DeLorean Motor Company divulgou um esboço do sucessor do carro da série ”De Volta para o Futuro”. O modelo terá propulsão 100% elétrica e será revelado no dia 18 de agosto durante oPebble Beach Concours d’Elegance, nos Estados Unidos. Ou seja, em um dos mais importantes eventos de veículos antigos do mundo. Além disso, a marca vai confirmar o nome completo da novidade, que está sendo chamada apenas de EVolved.

”A emoção está aumentando como as portas do nosso carro esportivo icônico, e vamos revelar o protótipo da próxima geração três dias antes do planejado no palco mais prestigioso de Pebble Beach”, disse em nota o diretor de marketing, Troy Beetz.

Inspiração no modelo original

DeLorean
Reprodução/DeLorean Motor Company

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Na prévia compartilhada nas redes sociais da empresa, aprece uma parte da traseira do DeLorean. Veja na imagem abaixo. Mesmo sem revelar detalhes, é possível notar que as linhas da carroceria serão mais imponentes em comparação com as do modelo da primeira geração. As lanternas são dispostas em três faixas de luzes de LEDs sobrepostas que, ao que parece, percorrem toda a largura do carro.

Seguindo para a lateral, a impressão é de que as janelas acompanharão todo o desenho do supercarro. A cor predominante é a prata, mas o teto, que tem um caimento sinuoso, é preto. Ao que tudo indica, o novo DeLorean terá várias referências do DMC-12 dos anos 1980., como as portas do tipo asas de gaivota. Porém, com pegada bem mais futurista.



Por ora, não há informações sobre o início da produção, bem como faixa de preço e conjunto propulsor. No entanto, a DeLorean promete entregar muita tecnologia e desempenho. A versão que aparece na trilogia, tinha motor PRV V6. Ou seja, um 2.8 V6 que gerava cerca de 130 cv de potência e 22,12 mkgf de torque. Batizado de ZMJ-159, foi desenvolvido em conjunto por Peugeot, Renault e Volvo. Portanto, não é difícil apostar em um desempenho mais parrudo.


Mais detalhes

De acordo com veículos de imprensa internacionais, a DeLorean voltará raças a um grupo de executivos que eram da startup chinesa de veículos elétricos Karma Automotive. Seja como for, a peça-chave da nova operação é engenheiro britânico Stephen Wynne, que adquiriu o espólio da marca em 1995. Além disso, o desenho do carro ficou sob responsabilidade do estúdio italiano Italdesign.

Vale dizer o último DeLorean da primeira geração foi feito há cerca de 40 anos. A empresa faliu em meados de 1982 e, apesar da fama gerada pela trilogia do cinema, foram fabricadas apenas 9 mil unidades. Além disso, o americano John DeLorean, criador do cupê, faleceu antes que a franquia alcançasse projeção global.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”