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Carro elétrico para motoristas de app, BYD D1 tem preço de R$ 269.990
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Carro elétrico para motoristas de app, BYD D1 tem preço de R$ 269.990

Terceiro modelo da BYD no Brasil, hatch D1 chega ao mercado em duas versões de acabamento e autonomia de mais de 300 km; hatch tem porta corrediça

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

19 de jul, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Novo BYD D1 tem foco em vendas diretas
Crédito:BYD/Divulgação

A BYD acaba de lançar no Brasil o seu terceiro carro elétrico. Mas o novo modelo chega com foco nas vendas diretas e nos motoristas de aplicativo. Trata-se do D1, minivan feita em parceria com a Didi Chuxing, gigante chinesa de mobilidade e dona do aplicativo 99. Tal como contamos no Jornal do Carro, o modelo inclusive já circula na cidade de São Paulo. Ele chega em duas versões de acabamento – GL e GS – e com preço inicial de R$ 269.990.

Com o D1, a BYD quer se firmar no mercado de vendas diretas de carros elétricos. Para isso, busca parcerias com locadoras e empresas de motoristas de aplicativo. Entretanto, conforme apuramos no JC, a minivan alimentada por baterias não terá vendas e planos especiais no varejo (Pessoa Física). Ou seja, a montadora só vai comercializar o veículo com empresas. Além disso, por ora, o modelo chega apenas na versão topo de linha GS.

Divulgação/BYD

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No Brasil, o D1 é o terceiro carro da BYD. Por aqui, a marca já comercializa o SUV de 7 lugares Tan e o sedã grande Han. Dessa forma, as expectativas para o monovolume são razoáveis. Segundo o diretor comercial, Henrique Antunes, a marca pretende emplacar até 5 mil unidades em cinco anos. Além disso, vale dizer que a garantia para a minivan elétrica é de dois anos ou 100 mil km. E o pacote de baterias Blade tem cobertura de 5 anos ou 500 mil km.



Mais de 300 km de autonomia

Com foco no uso urbano, o BYD D1 traz um motor elétrico de desempenho modesto. Ele gera o equivalente a 130 cv de potência e 18,3 mkgf de torque. Já a velocidade máxima é de 130 km/h. No mais, tal como os demais carros da chinesa, tem um pacote de baterias Blade. Neste caso, com capacidade de 53 kWh o que, segundo a BYD, fornece autonomia de até 317 km. Além disso, recarrega de 30% a 80% em 35 minutos em estações de carga rápida.

BYD D1
Divulgação/BYD

No geral, o D1 é um carro simples, mas vem com farta tecnologia. É o caso, por exemplo, do sistema de direção autônoma nível 2. Ou seja, há recursos como frenagem automática de emergência, alerta de mudança e saída de faixa e de colisão com detecção de pedestres, bem como sistema de monitoramento. Dessa maneira, o veículo auxilia o motorista no dia a dia. Além disso, há controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e acendimento automático dos faróis.

Como é?

Tal como antecipamos no Jornal do Carro, o D1 é compacto, tem estilo moderno e amplo espaço interno. Para se ter uma ideia, ele é um pouco menor que a Chevrolet Spin. No total, mede 4,39 metros de comprimento, quase o mesmo que o modelo da GM, com 4,41 m. Mas tem uma generosa distância de entre-eixos de 2,80 m. Por sua vez, a altura fica em 1,65 m e a largura em 1,85 m. Entre as opções de cor, há o branco e a combinação branco e verde.

Divulgação/BYD

Um destaque no BYD D1 é a disposição das portas. O monovolume tem porta corrediça elétrica na lateral direita, para facilitar o embarque e desembarque de passageiros. Outro ponto que ajuda no acesso é a altura em relação ao solo, que é de 12,5 cm. No mais, a dianteira, bem como o lado esquerdo, trazem portas convencionais.

Por dentro

No interior, o BYD D1 tem visual clean e recursos inteligentes. A central multimídia de 10,1 polegadas traz sistemas de entretenimento e demais funções do carro. O equipamento ainda faz a verificação do motorista, embarque e desembarque, pagamento e atendimento ao cliente. De série, há ar-condicionado de duas zonas, chave presencial e partida por botão. Entre os opcionais, há telas sensíveis ao toque atrás dos bancos dianteiros com entradas USB.

BYD D1
Divulgação/BYD

No mais, o BYD D1 tem bancos ergonômicos para realçar o conforto a bordo. E sistema de monitoramento do motorista (Driver Monitoring System), que incluí volante com alertas de segurança, análise de voz, vídeo e reconhecimento de objetos.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”