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Nova geração do Volvo XC90 tem imagens de patentes publicadas na Europa
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Nova geração do Volvo XC90 tem imagens de patentes publicadas na Europa

Sucessor do Volvo XC90 surge com visual renovado, sistema totalmente elétrico e terá condução autônoma nível 3; SUV de luxo estreia em 2024

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

15 de ago, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Volvo XC90 elétrico
Novo EX90 terá plataforma atualizada e novo sistema de segurança avançado
Crédito:Reprodução

O departamento europeu de patentes publicou as primeiras imagens da nova geração do Volvo XC90, que será totalmente elétrico. Com estreia prevista para 2024, o SUV de luxo terá uma evolução da atual plataforma SPA (Scalable Platform Architecture), que deve ampliar o espaço interno com o fim das versões plug-in hybrid (PHEV). Na geração atual, que ganhou melhorias agora no meio do ano no Brasil, o utilitário usa motor a combustão combinado a um conjunto elétrico que tem as baterias instaladas em posição vertical, entre os bancos dianteiros. Ou seja, a eletrificação completa vai liberar espaço na cabine.

Além das mudanças mecânicas, as patentes mostram a adoção de um visual atualizado. No entanto, o SUV mantém elementos do conceito Recharge, apresentado em 2021. Por isso, pode ser o primeiro modelo da marca sueca a receber novo batismo. Ao que parece, o utilitário pode se chamar Embla ou EXC90, mas até o momento não há confirmações. O que se sabe é que ele pode ser revelado ainda neste ano, no último trimestre.

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Vale lembrar que, de acordo com o CEO da Volvo, Hakan Samuelsson, o atual XC90 vai passar por mais uma renovação antes de abandonar o mercado. Portanto, é bem provável que ele ainda esteja à venda quando o sucessor chegar. O SUV elétrico terá produção na fábrica de Charleston, nos Estados Unidos, ao lado de outros modelos da marca como, por exemplo, o sedã S60.



Como será?

Com base nos desenhos, é possível notar que o sucessor do XC90 terá um visual diferente. Embora mantenha as linhas clássicas e poucos vincos na carroceria. Na dianteira, vemos uma clara releitura do atual SUV híbrido, mas dessa vez com faróis mais finos – que mantiveram o formato “martelo de Thor”. Por sua vez, o rascunho não apresenta grade frontal, já que o motor será 100% elétrico e não precisa de admissão de ar. Enquanto isso, o para-choques é um destaque. Além de mais estreito, possui entradas de ar tanto na parte inferior, quanto nas laterais. Importante dizer que, com os motores elétrico, o Volvo XC90 2024 terá um bagageiro sob o capô.

Volvo XC90 elétrico
Reprodução

Partindo para a lateral, vemos novas janelas e portas, que possuem maçanetas embutidas. Contudo, foi a traseira que enfrentou a maior alteração. Em vez das tradicionais lanternas verticais, o XC90 vai ganhar, pela primeira vez, lanternas em formato de “C”. Ao que parece no desenho, elas serão conectadas de ponta a ponta, mas sem iluminação central. Além disso, a placa do carro será posicionada no para-choques traseiro e não mais na tampa.

Condução autônoma

Por ora, nada está confirmado. Mas espera-se que o novo SUV elétrico venha com o que há de mais tecnológico no mercado. Por isso, deve adotar os radares LiDAR (Light Detection and Ranging ou detecção de luz e alcance). Com estes sensores, é possível obter representação em 3D do que está ao redor do veículo. Dessa forma, o XC90 poderá ter nível 3 de condução autônoma. Ou seja, o modelo será quase capaz de dirigir sem motorista.

Reprodução

Em conjunto, haverá diversas câmeras e sensores ao redor do carro. Importante dizer que a Volvo pretende vender carros 100% elétricos até 2030. Portanto, o SUV faz parte do novo planejamento estratégico da marca sueca.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”