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Nivus tem 5 estrelas, Strada 1: testes de colisão do Latin NCAP em 2022
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Nivus tem 5 estrelas, Strada 1: testes de colisão do Latin NCAP em 2022

Em 2022, Volkswagen Nivus foi o único a marcar 5 estrelas nos testes de colisão; Hyundai Tucson e Fiat Strada vão mal por falta de airbags

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

25 de out, 2022 · 11 minutos de leitura.

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testes de colisão
VW Nivus foi o único modelo de 2022 a receber 5 estrelas no teste da Latin NCAP
Crédito:Reprodução/Latin NCAP

O Latin NCAP, órgão que realiza os testes de colisão dos carros novos à venda na América Latina, divulgou importantes resultados em 2022. Entre os modelos avaliados está, por exemplo, o Volkswagen Nivus, que foi o único a receber 5 estrelas neste ano. Por outro lado, modelos como o novo Hyundai Tucson – que ainda não chegou ao mercado brasileiro – e a picape Fiat Strada, veículo mais vendido de 2022 no País, deixaram a desejar.

A avaliação utiliza métodos de ensaio internacionalmente reconhecidos. Assim, considera quatro quesitos: proteção de adultos e crianças, segurança de pedestres e usuários vulneráveis nas estradas e os sistemas de assistência à direção. Para isso, o Latin NCAP realiza testes de impacto diferentes como, por exemplo, frontais, laterais e traseiros. Além disso, avalia o “Whiplash” (efeito chicote) quando, em uma batida, a cabeça é projetada para frente.



Com base nisso, o Latin NCAP avalia as áreas do corpo mais afetadas, bem como o impacto geral na cabine. Os resultados podem ser classificados como “bom”, “adequado”, “marginal”, “fraco” e “pobre”. Por fim, o órgão confere classificação de 0 (zero) a 5 estrelas.

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Confira os modelos avaliados em 2022 pelo Latin NCAP:

1. Volkswagen Nivus: 5 estrelas

Testes colisão estrelas
SUV tirou 92,47% na proteção para adultos – Reprodução/Latin NCAP

Em setembro, o crossover de entrada da marca alemã – que ficou mais sofisticado e caro na linha 2022 – ganhou as cinco estrelas máximas. O Nivus atingiu 92,47% na proteção para adultos, 91,75% para ocupantes infantis, 48,74% na proteção de pedestres e usurários, e 84,95% nos sistemas de assistência. De acordo com a entidade, o destaque é a estrutura do modelo que, tanto no impacto lateral quanto no frontal, apresentou boa proteção na cabine.

No teste da chicotada vertical, o SUV-cupê recebeu avaliação máxima na proteção para o pescoço. Por sua vez, os piores resultados ficaram para as pernas e o tórax, que receberam avaliação “adequada”. Vale lembrar que o modelo traz seis airbags de série. Como nem tudo são flores, a pior avaliação ficou para a proteção de pedestres. Segundo a organização, o baixo rendimento se deu por conta da falta de itens como frenagem automática de emergência.


2. Honda WR-V: 1 estrela

Testes colisão estrelas
Honda WR-V recebe apenas 1 estrela no teste de colisão – Reprodução/Latin NCAP

Na mesma época, o órgão apresentou as notas do Honda WR-V – que saiu de linha no início de 2022 no Brasil. O crossover da marca japonesa, que era feito na fábrica de Sumaré (SP), só recebeu uma estrela. Ou seja, quase “zerou” o teste do Latin NCAP. Ao todo, marcou 41,03% na proteção de adultos, 40,66% para ocupantes infantis, 58,82% na proteção de pedestres e 48,84% nos sistemas de segurança.

Segundo a avaliação do órgão, há boa proteção para o peito no impacto frontal. Mas os joelhos ganharam “proteção marginal”, devido ao risco de serem atingidos pela estrutura do painel. Outro resultado negativo foi no teste de impacto lateral. Neste, o tórax foi afetado, já que o SUV não possui airbags laterais dianteiros. No Brasil, por exemplo, a lei exige só as bolsas frontais. No entanto, a maioria dos modelos mais novos já trazem seis airbags.


Uma observação do Latin NCAP foi para o cinto de segurança, que não atende os requisitos da União Europeia. No mais, o órgão cita a falta de interruptor para desativar o airbag dianteiro.

3. Hyundai Tucson decepciona

Hyundai Tucson Testes colisão estrelas
Divulgação/Latin NCAP

Outra decepção foi o Hyundai Tucson – que já está à venda no exterior faz algum tempo, mas não chegou ao Brasil. Em tese, é uma nova geração. Ou seja, esperava-se por excelente resultado. Entretanto, na versão de dois airbags, o SUV feito na Coreia do Sul zerou a bateria. Em números, atingiu 50,23% na proteção de adultos; 5,34% para ocupantes infantis; 48,40% na proteção de pedestres e usuários vulneráveis e 6,98% no sistema de assistência.


Um dos motivos para a reprovação é o fato de a unidade ter só dois airbags frontais. Além disso, o resultado baixo na proteção infantil se deve sobretudo à oferta de cinto de dois pontos no centro do banco traseiro, a não sinalização do Isofix e a falta do interruptor de desativação do airbag do passageiro – todos critérios técnicos. Já no caso dos sistemas de assistência à direção, o novo Tucson mostrou respostas ruins, pois o controle eletrônico de estabilidade (ESC) e o limitador de velocidade não estão no padrão atual.

Versão de 6 airbags melhora

O SUV também teve avaliada a opção com seis airbags. Dessa forma, melhora o resultado com airbags laterais e de cortina. Da mesma forma, os cintos de segurança são de três pontos em todas as posições e há um lembrete para a posição do passageiro dianteiro. Além disso, oferece uma sinalização para cadeirinhas infantis, ESP e limitador de velocidade.


No geral, o SUV atingiu notas maiores. Dessa vez, ficou com 81,61% na proteção de adultos; 69,53% para ocupantes infantis; 48,40% na proteção de pedestres e usurários e 55,81% nos sistemas de assistência. Nesta versão, passou por testes de impacto lateral de poste, ESC, teste do alce e assistência à velocidade. Para o Latin NCAP, os resultados foram satisfatórios.

4. Fiat Strada tem baixo desempenho

Fiat Strada crash testes estrelas
Divulgação/Latin NCAP

Líder absoluta de vendas no Brasil, a Fiat Strada foi mal nos testes de impacto. Segundo a avaliação, a picape recebeu somente uma estrela de cinco possíveis. O resultado foi ruim nas versões de cabine simples e dupla. De acordo com o órgão, quatro aspectos ficaram abaixo do esperado. A estrutura foi considerada instável, os airbags laterais de baixo desempenho, diferenças nos assentos na simulação de impacto traseiro e a falta de sistemas de assistência.


De acordo com o Latin NCAP, a Strada cabine simples tinha dois airbags frontais e controle eletrônico de estabilidade (ESC). Nesse caso, a picape obteve índices de proteção de 47,47% ao ocupante adulto, 22,08% ao infantil e 40,23% para pedestres e usuários vulneráveis. Por fim, nos sistemas de assistência à condução, a avaliação foi de 41,86%.

Por sua vez, a Strada cabine dupla tinha quatro airbags, bem como ESC. Neste caso, os índices foram de 41,39% para ocupante adulto, 52,96% para infantil, 40,23% para pedestres e 48,84% em sistemas de assistência. Portanto, a maior diferença está na proteção de crianças.


Avaliação

De acordo com o relatório do Latin NCAP, em caso de impacto frontal, a estrutura da picape se mostrou instável. Esse problema ocorre na área onde ficam os pés dos ocupantes. Além disso, os airbags laterais apresentaram desempenho inadequado e tamanho reduzido. Dessa forma, há baixo nível de proteção para cabeça e tórax, o que implica risco de ferimentos graves aos ocupantes.

Os resultados dos testes foram diferentes conforme o tipo de carroceria para o chamado efeito chicote. Na cabine dupla, a proteção foi considera adequada. Porém, na cabine simples, o desempenho foi classificado como “pobre”. De acordo com o órgão, essa diferença surpreendeu.

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Comportamento dos passageiros pode afetar a segurança da viagem

Dez recomendações para que os ocupantes do veículo não tirem a concentração do motorista durante o percurso

13 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os passageiros têm um papel preponderante na segurança de um carro em movimento. O comportamento dentro do automóvel pode aumentar ou diminuir o risco de ocorrência de um acidente de trânsito

“Por motivos diversos, o motorista compromete a segurança ao volante do carro ao perder a capacidade de detectar obstáculos e não acionar os freios, por exemplo”, afirma Cleber William Gomes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

“O tempo de reação é precioso para prevenir acidentes. Quando o motorista divide a atenção interagindo com outras pessoas a bordo, a incapacidade de identificar o perigo aumenta.”

Embora o ser humano acredite na capacidade de fazer várias tarefas ao mesmo tempo, a direção pode ser impactada por condições adversas, que atrapalham a visão, a concentração e a atenção de motorista e passageiros.

“Os passageiros devem ter consciência de que sua presença, de alguma forma, afeta o comportamento do motorista. Eles ajudam a criar o clima da viagem e tanto podem ser tranquilos e prestativos como gerar algum tipo de estresse”, diz Gomes.

Por isso, veja dez recomendações importantes para o passageiro manter intacta a segurança da viagem:

  1. Adote uma postura ativa, ajudando na localização do caminho, atendendo o telefone e avisando sobre eventuais riscos.
  2. Não distraia o motorista, falando alto demais, mudando constantemente a música e comentando o modo como ele dirige.
  3. Mantenha-se alerta. Passageiros que dormem durante a viagem aumentam a probabilidade de o motorista também pegar no sono. 
  4. Não esqueça de usar o cinto de segurança e exija isso dos demais ocupantes do veículo. As crianças devem se acomodar em cadeirinhas ou assentos adequados à idade.
  5. O passageiro tem o direito de reclamar com o motorista se ele estiver dirigindo com imprudência, mas isso deve ser feito tranquilamente, para não gerar estresse.
  6. Evite situações que tirem a atenção do condutor. Se alguém passar mal ou se as crianças estiverem agitadas, sugira fazer uma pausa na viagem a fim de acalmar a situação. 
  7. Adie a viagem se estiver irritado, nervoso, inseguro ou sob efeitos de drogas ou álcool. 
  8. Jamais coloque parte do corpo para fora do veículo, seja nas janelas ou no teto solar.
  9. Antes de abrir a porta para sair do carro, certifique-se de que não existem riscos para você e os pedestres da via.
  10. Embarque e desembarque sempre pela porta ao lado da calçada.