As motos elétricas já circulam nas cidades brasileiras. E, nos próximos anos, várias montadoras vão criar ecossistemas de recarga. Diferentemente do automóvel, que precisa ser plugado em eletropostos, as motos e scooters elétricos terão baterias facilmente removíveis. E, assim, o carregamento será mais simples. Bastará trocar as baterias em uma estação. Isso já está em testes no Brasil. E a Honda terá um sistema semelhante para as suas motos elétricas.
A marca japonesa acaba de lançar, no Japão, a sua primeira estação de baterias intercambiáveis. Ela é chamada de “Mobile Power Pack Exchanger e:” e já está à venda no país asiático. A primeira compradora foi joint venture de compartilhamento de baterias, Gachaco. A empresa nasceu neste ano e engloba modelos de outras marcas, como Kawasaki, Suzuki e Yamaha. A ideia, assim, é fornecer o serviço para motos elétricas em geral.
Do lado da Honda, o objetivo é neutralizar as emissões de carbono até 2050. Isso em todos os produtos, bem como nas atividades corporativas. No entanto, terá três desafios: o curto alcance, o longo tempo de carregamento e o alto custo das baterias.
Como funciona?
Em resumo, a estação pode carregar várias módulos simultaneamente. Além disso, tem alimentação própria para continuar carregando e alugando as baterias mesmo houver apagão. O grande “powerbank” usa o sistema Honda Power Pack Cloud. Assim, armazena todas as informações da operação de compartilhamento na nuvem.
Para trocar as baterias, basta aproximar um cartão na parte superior da estação. Em seguida, o sistema autentica o usuário e a unidade emite um alerta. Tudo aparece em um display de LED que mostra também quais baterias estão carregadas e disponíveis para uso. Com a rápida expansão do mercado de motos elétricas em outros países, a Honda vai expandir o serviço. Na Índia, por exemplo, a estação servirá aos “riquixás”, os triciclos que fazem serviço de táxi.
São Paulo já testa estações de baterias compartilhadas
No fim de maio deste ano, a Voltz lançou uma moto elétrica em parceria com o iFood. O modelo, claro, tem foco nos entregadores de aplicativo. Entretanto, além da moto, as empresas criaram uma rede de troca de baterias, com estações de carregamento como esta que a Honda acaba de lançar no Japão. Por enquanto, a estrutura está disponível apenas na capital paulista, com 33 totens em 19 unidades dos postos Ipiranga.
Neste conceito, o usuário não tem a posse das baterias. Mas também não precisa recarregar sua moto elétrica na tomada ou em eletropostos. Assim, ele paga um valor fixo para o uso compartilhado. Essa assinatura tem planos a partir de R$ 129 mensais na franquia de até 2.000 km. Para quem roda mais que isso, o valor da mensalidade sobe para R$ 219 com franquia de até 4.000 km. E há a opção com quilometragem livre, por R$ 319 mensais.
Contudo, vale dizer que estes valores são para o uso das baterias compartilhadas. A meta é chegar a 100 estações em São Paulo, e, depois, expandir para outras capitais.
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