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Dia Nacional do Fusca celebra história do VW no Brasil
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Dia Nacional do Fusca celebra história do VW no Brasil

Em 20 de janeiro é comemorado o Dia Nacional do Fusca, criado em 1989 por entusiastas brasileiros do saudoso Volkswagen que chegou ao País em 1950

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

19 de jan, 2023 · 7 minutos de leitura.

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Fusca
Volkswagen Fusca foi fabricado no México até 2003 e conquistou mais de 20 milhões de unidades vendidas mundo afora
Crédito:Felipe Rau/Estadão
fusca

O Volkswagen Fusca chegou ao Brasil em 1950. Originalmente, o modelo criado na década de 1930 por Ferdinand Porsche a pedido de Adolf Hitler tinha motor de dois cilindros refrigerado a ar. O VW, cujo nome significa Carro do Povo, foi feito em vários países. E nesta sexta-feira, 20, o Dia Nacional do Fusca celebra a produção no País. A celebração surgiu em 1989. A iniciativa foi de fãs brasileiros e teve o apoio da marca alemã.

fusca
Ondrej Brom/Divulgação

No Brasil, o besouro era montado em sistema CKD. Ou seja, com peças vindas da Alemanha. Porém, em 3 de janeiro de 1959 começou a produção na fábrica da marca em São Bernardo do Campo (SP). Segundo a VW, o carro havia recebido várias atualizações. Seja como for, o nome Fusca já havia colado.

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volkswagen fusca
Volkswagen/Divulgação

Apelido? Sim! Afinal, seu nome oficial era Volkswagen Sedan. Fusca é uma corruptela que surgiu da pronúncia da sigla VW, abreviação de Volkswagen. Os “fauvê”, em alemão, era pronunciado como “fulque” ou “fulca” pelos brasileiros. Logo, não demorou a virar “Fusca”.

Entre 1959 e 1986, a fábrica da Via Anchieta produziu mais de 3,1 milhões de unidades do Fusca. Nesse período, o carro recebeu atualizações na mecânica, novos itens de série, de conforto, melhorias na estética e por aí vai. Quando saiu de cena, o Fusca representava cerca de 30% da frota nacional.




De volta…

Seja como for, em 1993 o então presidente da República, Itamar Franco, pediu à Volkswagen que voltasse a produzir o Fusca. Na época, a ideia era investir no chamado “carro popular”. O Fusca não tinha motor 1.0, item obrigatório para contar com redução fiscal. Porém, o governo federal incluiu nas regras os veículos com motor refrigerado a ar produzidos no País. Ou seja, o Fusca.

Arquivo/Estadão

Porém, o Fusca havia evoluído menos que o nível de exigência do consumidor brasileiro. Assim, como havia várias outras opções de carros mais modernos, o veterano não resistiu. Como resultado, saiu de linha definitivamente no Brasil em julho de 1996. A Série Ouro foi lançada para marcar a despedida.


Segundo a VW, entre os diferenciais os estofamentos eram iguais aos do Pointer GTI, além de faróis de neblina e desembaçador do vidro traseiro. Bem como painel de instrumentos com fundo branco e vidros verdes. Os nomes dos 1.500 compradores estão no livro de ouro da Volkswagen do Brasil.

Volkswagen/Divulgação

Como a nostalgia fala alto na Volkswagen, como prova o retorno da Kombi, agora 100% elétrica, dois anos depois do fim do Fusca, a marca relançou o carro novamente. Ou seja, estamos falando do New Beetle. O visual lembrava o do antigo VW. Porém, o carro tinha nova plataforma, a mesma do do Golf IV e motor na dianteira refrigerado a água. Considerado caro em qualquer lugar do mundo e com preço proibitivo para o padrão do brasileiro médio, o carro não fez sucesso por aqui. Assim, deixou de ser oferecido em 2010.


Fusca
Volkswagen/Divulgação

…e de novo

Mas, no ano seguinte, lá veio o Fusca de volta. Até então, era conhecido no mundo todo como Beetle. Porém, ele foi rebatizado em cada mercado com o nome pelo qual era conhecido. Portanto, no Brasil virou Fusca. No México, onde era feito, o nome era Vocho. Na Itália, era Maggiolino e em vários países de língua espanhola, Escarabajo. E por aí vai.

Seja como for, seu estilo era mais esportivo e o motor 2.0 com injeção direta de gasolina gerava 200 cv. Com isso, a Volkswagen queria disputar compradores de modelos como Mini Cooper e os finados Audi A1 e Citroën DS3, por exemplo.


Chinês?

A fama e o sucesso do Fusca são tão marcantes que até as fabricantes chinesas resolveram tirar uma casquinha. A ORA, que faz parte da Great Wall Motors, lançou um clone do VW com motor elétrico. Esse, digamos, sósia, se chama Punk Cat.

ORA Punk Cat Fusca elétrico
Newspress

Entretanto, a cópia moderna do Fusca tem lá suas exclusividades. É o caso das quatro portas. Porém, até a pintura do tipo “saia e blusa” remete ao VW dos anos 1960. Em síntese, o Fusca é um carro tão longevo e emblemático que, quem sabe, ainda pode voltar ao Brasil com outro nome e feito por outra marca.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.