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Jeep Compass 2024 terá novo motor 2.0 turbo em versão esportiva
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Jeep Compass 2024 terá novo motor 2.0 turbo em versão esportiva

Motor já está disponível no Jeep Compass nos EUA; novo 2.0 turbo a gasolina gera 203 cv, mas potência será maior no Brasil com versão flex

Eugênio Augusto Brito, Especial para o Jornal do Carro

26 de fev, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Jeep Compass 2023
Jeep Compass 2023 estreia nos EUA com novo motor 2.0 turbo a gasolina de 203 cv e câmbio automático de oito marchas
Crédito:Jeep/Divulgação/Ricardo Dilser

O Jeep Compass feito em Pernambuco superou 360 mil unidades fabricadas em seis anos de mercado. Mas, como a nova geração ainda vai demorar um pouco a chegar (está prevista para 2025), há tempo de aprimorar o SUV atual. E uma das novidades, que acaba de estrear nos Estados Unidos, é o motor 2.0 turbo a gasolina, que chega para substituir o antigo 2.4 litros aspirado. Pois este novo motor também equipará o Compass 2024 no Brasil.

Por aqui, o antigo 2.4 Tigershark flex foi substituído em 2021, na última reestilização do SUV. Foi quando o Jeep Compass ganhou o atual 1.3 turbo flex T270 de origem Fiat. O antigo 2.4 chegou aos 186 cv de potência e 24,9 mkgf de torque, mas sempre teve números de consumo ruins. Nos EUA, o Tigershark a gasolina tinha 182 cv e 24,2 mkgf. Já o 1.3 turbo flex, além de mais econômico, tem 183 cv e um torque máximo de 27,5 mkgf entregue logo a 1.750 rpm.



Jeep Compass Limited 2023 encara o Chevrolet Equinox Premier

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Pois o novo 2.0 turbo terá a mesma lógica. Na versão a gasolina, gera 203 cv de potência e um torque de 30,5 mkgf também disponível por inteiro em baixa rotação. Dessa forma, é mais ágil que o 2.4, bem como é mais econômico. Nos EUA, o novo motor trabalha com um câmbio automático de oito marchas. Mas, no Brasil, ele vai equipar uma inédita versão de apelo esportivo que virá no Compass 2024. O lançamento é esperado para o fim deste ano.

Motor de nova geração

O novo motor 2.0 turbo faz parte da geração de motores médios globais da Stellantis (GME), que será mais eficiente. Por exemplo, tem bloco de alumínio, sistema Start/Stop e turbocompressor com dupla ventoinha (twin scroll) para maior eficiência. Segundo a revista Quatro Rodas, este será o motor 2.0 mais avançado no Brasil, com até 260 cv e 40 mkgf obtidos com etanol. O conjunto mecânico usará o atual câmbio de nove marchas das versões 2.0 TD350 turbodiesel, com tração 4×4.


Outra informação, esta publicada pelo AutoSegredos, aponta que este motor vai equipar futura picape nacional da RAM, que a Stellantis vai produzir em Goiana (PE). O modelo – que pode resgatar o nome Dakota – está em fase final de testes e estreia neste ano.

Jeep Compass 2023 motor 2.0 turbo
Motor 2.0 turbo tem construção mais avançada e números melhores que o 2.4 Tigershark
Divulgação / Jeep

Nova geração do Jeep Compass em 2025

Mais adiante, com a chegada da nova geração, o Jeep Compass migrará para a nova plataforma modular global da Stellantis, a STLA Medium. Esta arquitetura permitirá a eletrificação do SUV a partir de 2025, quando a legislação brasileira de emissões avançará mais uma fase e terá padrões bem mais rigorosos. Ou seja, a próxima geração do Compass será híbrida. Assim, vai combinar motor a combustão e conjunto elétrico com bateria para ter autonomia de 700 km.


Plataformas eletrificadas Stellantis
Novas gerações de modelos das marcas da Stellantis usarão bases eletrificadas
Divulgação / Stellantis

Compass 2023 atual é bom de loja

Lançada em 2016, a atual geração do Compass foi o SUV mais vendido do Brasil em 2017 e 2018. Além disso, em 2022, foi o terceiro colocado, com 63.564 vendas, atrás de Chevrolet Tracker e Volkswagen T-Cross. Na atual linha 2023, o Compass usa motor T270 e câmbio automático de seis marchas. A tabela do SUV vai de R$ 184.490 até R$ 206.990.

Há também a opção do motor TD350 2.0 turbodiesel de 170 cv e 35,7 mkgf com o câmbio automático de nove marchas e tração 4×4. Nesta configuração, os valores vão de R$ 229.590 a R$ 249.690. Por fim, o Jeep Compass tem ainda a versão híbrida 4Xe (240 cv e 27,5 mkgf), que é importada da Itália e tem preço de R$ 338.400.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.