Atualmente, o automóvel 0-km mais barato à venda no Brasil não sai por menos de R$ 68 mil. Trata-se do Renault Kwid Zen, carro mais barato do País, que, apesar de ser bem compacto, está longe de ser barato por esse valor. Entretanto, há pouco mais de uma década – em um passado não muito distante – esses valores eram cobrados por SUVs médios. Um Toyota RAV4, por exemplo, hoje tem tabela inicial de R$ 322.890, mas já custou bem menos.
O problema é que a disparada dos preços dos carros novos no Brasil não promete dar trégua tão cedo. Assim, pelo menos por ora, os valores continuarão nas alturas. Ou seja, quem busca o custo-benefício, tem o orçamento limitado e precisa de muito espaço a bordo, a solução é ir ao mercado de usados, onde há opções de SUVs médios mais acessíveis. Para te ajudar nessa missão, o Jornal do Carro traz cinco boas opções que podem ser um bom negócio.
SUVs médios usados e acessíveis
Vamos começar a lista falando do Honda CR-V. Então importado do México, o modelo de terceira geração (duas atrás da atual), além de mais barato (por ser isento de taxa de importação), é ideal para quem busca amplo espaço a bordo. De acordo com a ficha técnica, são 4,52 metros de comprimento e 2,62 m de entre-eixos.
A versão LX conta com motor 2.0 a gasolina de 150 cv de potência. O Honda CR-V de uma década atrás tem câmbio automático de cinco marchas e pode ter tração 4×2 (dianteira) ou integral (AWD). É uma ótima opção na lista de SUVs médios usados abaixo de R$ 80 mil. Atualmente, é encontrado com preço médio de R$ 77.500 (modelo 2012).
SUVs sul-coreanos de sucesso
Embora hoje estejam mais discretas nas vendas de SUVs médios, a Hyundai (sob representação da Caoa) já teve épocas de grande sucesso. Presente em diversas músicas, principalmente no ritmo funk ostentação, o ix35 garantiu boa clientela e é fácil encontrar um usado à venda.
O SUV foi feito na fábrica da Caoa em Anápolis (GO). Assim, por ter produção local, era mais acessível. O modelo de 2015 pode ser encontrado numa rápida busca pela internet por preço médio de R$ 75 mil. Os mais antigos (2012 ou 2013) têm valores na casa de R$ 60 mil. Destaque para o visual robusto, o espaço interno amplo, a lista recheada de itens e o motor 2.0 16V de 163 cv. Tem, por fim, cambio automático de 6 marchas e tração dianteira.
Hoje, com visual controverso, o Kia Sportage já agradou o público brasileiro. E conquistou excelente número de vendas em décadas passadas. Por isso, tem exemplares usados e seminovos e é fácil encontrar modelos entre 2013 e 2014 no mercado com valor médio de R$ 77 mil. Pelo montante, o SUV oferece ar-condicionado, rodas de liga leve de 16″, banco do motorista com regulagem de altura e motor 2.0 a gasolina de 166 cv com câmbio automático de 6 marchas.
Volkswagen Tiguan
Com visual e proposta bem mais interessantes que a segunda geração (que se aposentou por aqui recentemente), o modelo 2011 do Volkswagen Tiguan (primeira geração) fica na lista dos “queridinhos” entre os SUVs usados de até R$ 80 mil.
A combinação entre motor 2.0 TSI turbo a gasolina com 200 cv de potência e câmbio automático de 6 marchas agradam bastante. Para além do desempenho, o Volkswagen Tiguan tem cabine bem acabada, diversos equipamentos de série, bem como um generoso espaço interno. No mercado de SUVs usados, o modelo de 2014 tem valor médio de R$ 72 mil.
Toyota RAV4
Se hoje o Toyota RAV4 se destaca pelo conjunto híbrido, antes o lance era visual e robustez. Considerada por muitos como a geração mais bela do SUV até hoje, o RAV4 de terceira linhagem (feito entre 2012 e 2018) é um pouco mais raro, mas dá para garimpar.
Os preços encostam nos R$ 80 mil no caso de modelos 2013 ou 2014 com motor 2.0 16V a gasolina de 145 cv de potência. Ainda na mecânica, tem câmbio automático do tipo CVT e tração integral. Por fim, a lista de equipamentos oferece bancos dianteiros com aquecimento e regulagem de altura, piloto automático, sensores de obstáculos traseiros e GPS.
Cuidados essenciais
Antes de optar por qualquer destes modelos indicados aqui, é importante estabelecer algumas regras. A primeira é não fechar o negócio só porque o carro “cabe no bolso”. Antes de assinar o contrato, vale investigar o veículo. Seminovo ou usado, carro sempre pode dar defeito. Afinal, não se sabe os hábitos, comportamentos e cuidados do dono anterior. E mesmo se conhecer, desconfie. É como diz o ditado: “O seguro morreu de velho”.
Antes de realizar a compra, é essencial verificar o carro pessoalmente e fazer um test drive. Se possível, leve até um mecânico de confiança. Quanto mais velho, mais problemas o veículo pode apresentar. Nesse sentido, para evitar desconfiança e, principalmente, futuras dores de cabeça, exija um laudo recente que ateste que o modelo está em boas condições. Caso o vendedor ou a loja se recuse a fornecer o laudo, é sinal de que o negócio deve ser descartado.
Durante a intenção de compra, não esqueça de checar o estado de conservação do carro, bem como a documentação. E, nesse período de enchentes, fique atento se o carro já passou por alagamentos. Identifique, também, se não é fruto de PT (perda total) ou de leilão. E cheque se as numerações de motor e câmbio estão adulteradas – o que pode indicar um sinistro. Vale, ainda, pesquisar sobre peças de reposição e custos de manutenção.