Os carros elétricos mais baratos do Brasil acabam de ganhar um concorrente de peso. A BYD lança o Dolphin, um hatch com tamanho de Chevrolet Bolt (R$ 329 mil), mas que chega por R$ 149.800, ou seja, por menos da metade do preço do modelo da GM – conforme o Jornal do Carro antecipou. Dessa forma, tem valor para brigar com JAC e-JS1 (R$ 145.900) e Renault Kwid E-Tech (R$ 149.990), que são atualmente os dois elétricos mais baratos à venda no País.
Só que o BYD Dolphin é razoavelmente maior que os rivais de JAC e Renault, com uma distância entre-eixos de 2,70 metros (medida de carro médio) e uma cabine moderna, com duas telas no painel. De acordo com a fabricante chinesa, o nome foi escolhido pela semelhança com o mamífero aquático – embora haja controvérsias. Como destaques, a dianteira tem faróis iluminados com LEDs e um filete que contorna a grade dianteira.
Outro detalhe que chama a atenção (principalmente à noite) são as lanternas. O conjunto é interligado e tem iluminação de LEDs cheia de personalidade. O Jornal do Carro acelerou o BYD Dolphin por alguns dias antes do lançamento e o modelo atraiu olhares por onde passou. Ao vivo, o chinês lembra o antigo Honda Fit, com linhas de monovolume. Assim, a exemplo do hatch da marca japonesa, tem capô curto que acompanha a inclinação do para-brisas.
No mais, o BYD Dolphin tem rodas de 16″ em formato mais fechado e com pintura que mescla cromado e preto brilhante. Filetes em tom laranja dão um toque de estilo ao modelo (estes, aliás, podem vir em outras cores, como preto, por exemplo). Já as colunas traseiras trazem um painel estilizado, que completa o desenho mais jovial do hatch.
BYD Dolphin tem multimídia giratória
Do lado de dentro – apesar de alguns parafusos aparentes nas portas – o modelo é bem acabado. Usa materiais sensíveis ao toque e tem bancos (revestidos com couro e detalhes em três cores) extremamente confortáveis, tanto na frente quanto atrás. Por falar na parte de trás, ponto para o espaço reservado aos ocupantes. Distribuídos por 2,70 metros de entre-eixos, quem viaja a bordo do Dolphin não tem problema de aperto, nem para pernas, nem para joelhos e cabeça.
Na parte de conexão, tem entrada USB para quem senta no banco de trás, mas o ponto de maior destaque é, sem sombra de dúvidas, a tela central de 12,8 polegadas com função rotativa. Pode ficar tanto na posição horizontal quanto na vertical. Para movê-la, basta um toque em um dos botões do volante multifuncional, ou em um ícone, na própria tela.
O modelo tem espelhamento com Android Auto e Apple CarPlay, além de Bluetooth para resolver a vida de quem quer conexão. No caso deste último, não precisa parar o carro para conectar. As respostas da tela são bem diretas, sem delay. No mais, exibe imagens das câmeras 360° espalhadas pelos quatro cantos do carro.
Já o quadro de instrumentos é bem pequeno. Tem só 5 polegadas. Mas distribui de maneira equilibrada as informações necessárias ao motorista. O status da carga, que fica no canto inferior direito, pode ser conferido tanto em km quanto em porcentagem. E é ali também que são exibidas as posições do câmbio. A ausência de alavanca, aliás, é total. Para mudar as posições (Ré, Neutro e Drive), apenas um botão giratório. Por fim, na hora de colocar em “Parking”, basta apertar um botão lateral.
Como é acelerar o BYD Dolphin
Na prática, o BYD Dolphin é extremamente acertado. O conjunto de suspensões é impecável. Longe da rigidez, distribui conforto para todos os ocupantes, sem distinção. A ergonomia também merece elogios. A posição de dirigir, afinal, é fácil de achar – tem regulagem para bancos e voltante. Mas, aqui, cabe um adendo: não há regulagem de profundidade.
Para se mover, o Dolphin conta com motor elétrico dianteiro de 95 cv. O torque fica em 18,3 mkgf. A BYD, a princípio, crava que o 0 a 100 km/h é feito em 10,9 segundos e a velocidade máxima: 150 km/h.
Feito sobre a base E-platform 3.0, o carro, a princípio , teria 285 km autonomia. Mas uma atualização fez com que o número pulasse para 291 km. Dado, aliás, já considerando a portaria do Inmetro. Vale lembrar que o Dolphin usa bateria Blade, da BYD. Em números, é o equivalente a 69 km/l – caso funcionasse a combustão.
Na lista, pode vir com BYD App (permite funções como, por exemplo, verificar abertura de portas), comando de voz, atualização remota, controlador de velocidade, assistente de frenagem, seis airbags e sistema de limpeza do disco de freio entre os itens. E, por fim, dá até para jogar videogame (com o carro parado), cantar no karaokê (vem com microfone) e destravar o carro com cartão ou anel.
Ainda em tecnologia, tem pacote de internet 5G válido por 1 ano e Wallbox gratuito (como em todo carro BYD). Cabe ressaltar que o preço de R$ 149.800 vale para as 200 primeiras unidades. Depois disso, a marca afirma que deve subir um pouco a régua – e chegar na faixa dos R$ 160 mil. Entretanto, um vendedor da marca contou ao Jornal do Carro que o novo valor ficará em R$ 201.000.
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