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Toyota se une a petrolífera para desenvolver baterias de carros elétricos
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Toyota se une a petrolífera para desenvolver baterias de carros elétricos

Toyota quer produzir baterias de estado sólido, que devem equipar seus modelos elétricos até 2028; marca também quer reduzir preços dos BEVs

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

14 de out, 2023 · 4 minutos de leitura.

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toyota
Novas baterias em estado sólido da Toyota devem chegar aos modelos da marca até 2028
Crédito:Divulgação/Toyota

A Toyota vem desenvolvendo meios para não ficar para trás na produção de carros elétricos. E para atingir essa meta, a marca japonesa lançou uma inédita giga-prensa que promete baratear os custos de produção. Dessa forma, promete lançar 10 modelos movidos a baterias até 2026. Seja como for, a montadora também anunciou que vai produzir suas próprias baterias. O plano, aliás, incluí baterias de estado sólido, que deverão chegar em seus BEVs de próxima geração em 2027/2028.

Para isso, a Toyota fechou uma parceria com a empresa petrolífera Idemitsu, que já trabalha com eletrólitos sólidos há mais de 20 anos. Dessa forma, espera-se que as baterias tenham alcance de 1.000 km e possam carregar de 10% a 80% em apenas 10 minutos. O governo japonês também vai auxiliar na infraestrutura da fábrica da montadora em Teiho, que se prepara para a produção em massa de baterias.



toyota elétricos
Toyota/Reprodução

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Ao todo, o plano da parceria da Toyota com a Idemitsu envolve três fases. Na primeira, o objetivo é melhorar o design das baterias com custos mais baixos. No entanto, mantendo uma boa qualidade. Em seguida, haverá uma ala de produção e desenvolvimento para colocar as baterias nos futuros EVs da japonesa. Por fim, vem a produção em grande escala das baterias.

Toyota quer otimizar produção

Cabe lembrar que em um workshop realizado em setembro, a Toyota detalhou como planeja virar o jogo no setor de elétricos. Assim, diminuindo o tempo de produção, bem como outro fator: o preço. Para resolver a produção em massa das baterias, por exemplo, o processo de empilhamento das baterias em alta velocidade é característica chave. Bem como a alta precisão, para não danificar os componentes.

Para isso, todos os paletes que transportam e recebem as baterias na montagem se movem na mesma velocidade, com um dispositivo que impede o desalinhamento na montagem. Assim, a montadora também planeja reduzir os custos na produção das baterias.


Toyota
Toyota bz3 – Toyota/Divulgação

Seja como for, a empresa também promete resolver alguns problemas comuns nas baterias. Durante o anúncio, o CEO da Toyota, Koji Sato, mencionou que as baterias de estado sólido podem desenvolver fissuras. No entanto, a marca está investindo tempo e pesquisa para evitar a situação.

“Através de repetidas tentativas e erros, e combinando as tecnologias de materiais de ambas as empresas, fomos capazes de desenvolver um material resistente a rachaduras que demonstra alto desempenho”, disse o CEO.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.