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VW e Renault podem se unir para criar carro elétrico barato
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VW e Renault podem se unir para criar carro elétrico barato

O plano da VW é lançar um elétrico com preço inferior a 20 mil euros no mercado; conversas e negociações com a Renault estão em fase inicial

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

12 de dez, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Volkswagen VW
Volkswagen ID.2 será elétrico de entrada da VW que estreia em 2025
Crédito:Volkswagen ID.2 - Volkswagen/Divulgação

Com as marcas chinesas avançando cada vez mais na eletrificação, outras montadoras correm para garantir competitividade. Pois agora, a Volkswagen planeja um carro 100% elétrico com preço inferior a 20.000 euros. Ou seja, algo em torno de R$ 106 mil na conversão direta e sem impostos. No entanto, para tirar o plano do papel, a fabricante busca uma parceria. E de acordo com as informações do site Automotive News Europe, já há conversas em andamento entre a marca alemã e a Renault.

Até o momento, as negociações estão em fases iniciais. Seja como for, um dos objetivos é atingir uma produção anual de até 250 mil veículos para ambas as marcas. Entretanto, tudo ainda é muito recente. Dessa forma, o plano de parceria para o desenvolvimento de um carro elétrico barato pode não acontecer. “Estamos em diferentes discussões, mas nada foi finalizado”, disse um porta-voz da Renault ao ANE. Por ora, a VW não comentou sobre o assunto.



Divulgação/Renault

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VW e Renault vão lançar elétricos de entrada

Seja como for, as duas montadoras já trabalham em modelos elétricos baratos. Em março deste ano, a VW revelou seu carro elétrico de entrada, o ID.2. Na época, a marca anunciou um preço inicial próximo dos 25.000 euros. Ou seja, cerca de R$ 140 mil. No entanto, a previsão de estreia na Europa ficou para 2025. Com isso, a Renault vai sair na frente com o 5 E-Tech, que surgiu em patentes nesta semana. Aliás, o hatch elétrico já até tem data de revelação, que será em 26 de fevereiro de 2024.

Renault e VW elétrico
Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI)/Divulgação

De acordo com as imagens, o hatch elétrico – que tem base na arquitetura AmpR Small, uma evolução da CMF-B EV – terá bastante semelhança com o conceito apresentado em janeiro de 2021. Ao todo, o Renault 5 E-Tech terá 3,92 m de comprimento. Isso, portanto, o torna menor que o VW ID.2, de 4,05 m. A princípio, haverá duas opções de baterias, de 40 kWh ou 52 kWh. A segunda com alcance de até 400 km (ciclo europeu WLTP). O motor elétrico único ainda não tem potência divulgada. Mas, acredita-se em torno de 120 cv a 150 cv.


Cabe dizer também que a Renault prepara o lançamento da próxima geração do Twingo 100% elétrica e volta do R4. Ambos terão como base a plataforma AmpR Small. Por fim, até o momento, não há informações de se o novo carro elétrico da VW terá alguma relação com o Twingo, ou se será feito sobre uma nova arquitetura. Para isso, é necessário esperar para ver se essa união vai sair do papel.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.