Você está lendo...
F4: uma italiana de corrida
SUMMIT MOBILIDADE: Clique e garanta o seu ingresso promocional Saiba Mais
Notícias

F4: uma italiana de corrida

Com tabela de R$ 68 mil e motor de 998 cm e 186,3 cv, a F4, superesportiva da MV Agusta, é difícil de ser domada. Segundo dados da fabricante, a F4 pode alcançar 305 km/h. Durante a avaliação, a F4 ultrapassou os 230 km/h ainda na quarta marcha

04 de fev, 2012 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

 F4: uma italiana de corrida

MARCELO FENERICH

Adria (Itália) – Com componentes produzidos artesanalmente na fábrica de Varese, na Itália, a MV Agusta F4 foi criada para rodar nas ruas, mas combina muito bem com as pistas. Tudo nela ressalta a esportividade, como os freios da Brembo, o amortecedor traseiro da Sachs e garfos telescópicos invertidos de Marzocchi na dianteira. Montada em Manaus em parceria com a Dafra, a motocicleta tem tabela de R$ 68 mil, mais alta que a de rivais como Honda 1000RR (R$ 56 mil), Kawasaki Ninja ZX-10R (R$ 59.900), Yamaha YZF R1, a R$ 57 mil, e Suzuki GSX R1000, por R$ 58.900.

Fomos a uma pista nos arredores da fábrica da MV Agusta avaliar a F4. Ao ligar o motor, o ronco emitido pelos quatro escapes com ponteiras retangulares intimida. Tudo nela é agressivo e transmite sensação de poder. Desde a posição de pilotagem, bastante inclinada, até o acionamento das manoplas, que são pesadas.

Publicidade


O motor de 998 cm, quatro cilindros em linha, 16V, com duplo comando no cabeçote, tem 186,3 cv de potência e 11,4 mkgf de torque. Segundo dados da fabricante, a F4 pode alcançar 305 km/h. Durante a avaliação, a F4 ultrapassou os 230 km/h ainda na quarta marcha do câmbio de seis velocidades.

Vários sistemas eletrônicos ajudam a pilotar essa moto. Entre eles há controle de tração com oito níveis de ajuste e dois de gerenciamento do motor, um para pista (modo Sport) e outro, mais contido, para pisos molhados (Rain). Ainda assim, a F4 é difícil de domar. Manter a velocidade baixa e fazer curvas menos “deitadas” é quase impossível.

Outro destaque é a posição de guiar. Apesar de ser alta, como a MV Agusta é estreita ela proporciona conforto para pilotos de qualquer estatura.


O amortecedor de direção mostrou oscilação acima do normal em acelerações mais fortes, exigindo que a velocidade fosse reduzida. Nem a escolha pelo modo mais firme do sistema resolveu esse problema.

Presidente da MV Agusta, Giovanni Castiglioni diz que técnicos brasileiros foram treinados para reproduzir aqui os mesmos testes feitos na Itália. “O consumidor tem direito de comprar o mesmo produto, seja onde for.”

Viagem feita a convite da Dafra


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.