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Entrevista: VP mundial de marketing da Mercedes
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Entrevista: VP mundial de marketing da Mercedes

O alemão Philipp Schiemer fala português fluentemente e entende muito de mercado brasileiro. Porém, ele não trabalha na indústria automobilística nacional: é o número 1 do marketing mundial de automóveis da Mercedes-Benz. Nesta entrevista ele fala...

19 de mar, 2012 · 4 minutos de leitura.

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 Entrevista: VP mundial de marketing da Mercedes

(Foto: Mercedes-Benz/Divulgação)

RAFAELA BORGES

Genebra, Suíça – O alemão Phillipp Schiemer é vice-presidente mundial de marketing da Mercedes, mas pode ser confundido com um executivo da indústria automobilística brasileira. O português fluente e o bom conhecimento do nosso mercado ele adquiriu nos 12 anos em que trabalhou na subsidiária da marca no País. Nesta entrevista, Schiemer fala sobre os estudos da montadora para voltar a produzir automóveis no Brasil.

Dieter Zetsche (presidente do Grupo Daimler) disse que a Mercedes estuda retomar a produção de carros no Brasil. Pode dar mais detalhes sobre isso?
O governo brasileiro mudou as regras tarifárias para os importados (houve aumento do IPI) e fechamos uma aliança com a Renault-Nissan, que nos permitirá usar sua estrutura. Com isso a produção no Brasil passa a ser bem plausível.

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A primeira experiência da marca no País, com a produção do Classe A em Juiz de Fora (MG) de 1997 a 2005, não deu certo. O que mudou?
O Classe A era o carro errado na hora errada. Não era adequado para Brasil e o momento econômico não era bom. Agora o País tem mais poder econômico e classe média maior. E nós temos um carro ideal para vocês.

O novo Classe A?
Poderia ser, mas acho mais viáveis para o Brasil o sedã ou o utilitário-esportivo compacto que usarão a base do Classe A (serão lançados nos próximos dois anos na Europa).

Qual rival incomoda mais a Mercedes, Audi ou BMW?
A Audi tem a vantagem de fazer parte de um grupo gigantesco, o Volkswagen. Eles têm melhorado muito em qualidade e se destacam em compactos. Como ponto negativo aponto o desenho muito parecido de todos os carros da linha. A BMW tem muita identificação com a esportividade e trabalha radicalmente essa imagem. Nossos veículos são superiores em muitos aspecos, como interior mais refinado.


A Maybach deixou de existir? Por que o grupo desistiu dela?
Não vale a pena manter uma estrutura de vendas para uma marca de extremo luxo que vende mil unidades por ano e não tem a tradição da Rolls-Royce. Decidimos focar os esforços no Classe S, cuja nova geração estreará no Salão de Genebra de 2013.<QA0>

Viagem feita a convite da Mercedes-Benz


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