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Audi estuda voltar a produzir no Brasil
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Audi estuda voltar a produzir no Brasil

Após a divulgação do novo regime automotivo Inovar-Auto, a Audi está estudando voltar a produzir veículos no Brasil. De acordo com o presidente da subsidiária do Brasil, Leandro Radomile, a planta de São José dos Pinhais (PR), onde a empresa já...

23 de out, 2012 · 4 minutos de leitura.

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 Audi estuda voltar a produzir no Brasil

RAFAELA BORGES

Após a divulgação do novo regime automotivo Inovar-Auto, a Audi está estudando voltar a produzir veículos no Brasil. De acordo com o presidente da subsidiária do Brasil, Leandro Radomile, a planta de São José dos Pinhais (PR), onde a empresa já fabricou o A3, é do Grupo Volkswagen – do qual a Audi faz parte – e poderia voltar a ser utilizada, por exemplo. “Não descartamos isso”, ele disse.

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Porém, a matriz, na Alemanha, não está totalmente convencida de que o retorno da produção local seja a melhor opção. As frequentes mudanças nas regras da indústria automotiva brasileira geram insegurança na hora de definir investimentos. Além disso, o Inovar-Auto é uma legislação que a empresa considera bastante complicada. “Temos um time de especialistas jurídicos estudando o novo regime”, disse Radomile.

Em contrapartida, o Inovar-Auto garante benefícios a empresas que optarem pela produção local. Além disso, a BMW, rival da Audi, acaba de confirmar que fabricará carros em Santa Catarina em 2014. E a Mercedes-Benz também está próxima de se decidir pelo retorno da produção local – aproveitando a parceria que tem com a Renault-Nissan.

O vice-presidente mundial de Vendas e Marketing da Audi, Luca de Meo, disse que por ora a montadora está focada em novas fábricas na China e no México. Esta, segundo Radomile, poderia ser uma boa opção para a Audi no Brasil, pois terá capacidade alta – de 200 mil unidades ao ano. Porém, com ela a montadora não conseguirá os benefícios do Inovar-Auto.


“E também não sabemos se o acordo com o México (pelo qual uma cota de mexicanos não paga imposto no Brasil) vai ser renovado após 2016″, disse Radomile.

No Brasil para o Salão do Automóvel de São Paulo – que começa nesta quarta-feira -, o presidente mundial do Grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, confirmou que a retomada da produção da Audi no Brasil está mesmo em estudos.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”