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Infiniti ’empresta’ tecnologia à Red Bull
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Infiniti ’empresta’ tecnologia à Red Bull

Equipe tetracampeão usa alguns recursos dos carros de rua da montadora, como hastes para trocas de marcha

28 de nov, 2013 · 4 minutos de leitura.

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 Infiniti 'empresta' tecnologia à Red Bull
'Paddle shift' de magnésio é produzido pela Infiniti

As hastes para trocas de marchas atrás do volante, conhecidas como “paddle shift”, surgiram na Fórmula 1 e foram transferidas aos carros de rua. Porém, o recurso do RB9, modelo da Red Bull que foi campeão da temporada de 2013 – e das três anteriores – teve materiais desenvolvidos pela Infiniti, marca de luxo pela Nissan e parte do conglomerado que inclui também a Renault – fornecedora de motores do time.

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Esse “paddle shift” de magnésio leve já era utilizado, antes do RB9, em modelos de rua da Infiniti. “É um dos frutos da parceria tecnológica que temos com a Red Bull desde 2011”, explica o diretor de automobilismo da Infiniti, Andreas Sigl.

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A parceria, segundo o executivo, consiste em um intercâmbio. A Red Bull, que não é uma equipe de montadora – como Ferrari e Mercedes, por exemplo -, utiliza a experiência da Infiniti na produção de carros. A fabricante de veículos, por sua vez, conta com o tetracampeão de Fórmula 1 Sebastian Vettel como diretor de performance de carros de rua.


(Foto: Márcio Fernandes/Estadão)

Participar do desenvolvimento de modelos de série é algo que Michael Schumacher já fazia na época em que pilotou pela Ferrari (entre 1996 e 2006). No caso da Infiniti, a colaboração do alemão mais jovem resultou no FX Vettel Edition, o mais potente modelo da marca.


Mas a parceria não é apenas técnica. A montadora é também patrocinadora da equipe que, desde o início desta temporada, passou a usar o nome de Infiniti Red Bull. O objetivo é popularizar a fabricante de veículos globalmente.

A Infiniti, embora seja controlada por uma empresa japonesa, só recentemente passou a vender carros no Japão. Ela surgiu para atuar no mercado dos Estados Unidos e, atualmente, passa por um processo de expansão.

Se nos EUA a Fórmula 1 não tem apelo, nos novos alvos da Infiniti o esporte é extremamente popular. Entre eles, está o Brasil, onde a marca passa a atuar em 2014. Outros mercados em que a montadora almeja crescimento são a Austrália e a Europa, todos muito ligados à principal categoria do automobilismo. O investimento na Red Bull, porém, não foi revelado.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.