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Vistoria para compra de usado vale a pena
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Vistoria para compra de usado vale a pena

Empresas detectam colisões, repintura, entre outros, para evitar prejuízos na compra de carro usado

02 de abr, 2014 · 6 minutos de leitura.

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 Vistoria para compra de usado vale a pena
Carroceria, vidros e vedações são inspecionados para detectar colisões

Quem investe em um modelo zero-km paga, também, para ter a segurança que um produto novo supostamente oferece. No caso dos usados, há risco de o veículo ter sofrido colisão ou pendências no documento, nem sempre fáceis de ser identificados. Uma boa solução são as empresas que examinam o histórico e estado do carro por preços que vão de R$ 120 a R$ 300.

A vistoria inclui itens como estrutura da carroceria, tonalidade e espessura da pintura (que permite saber se a lataria recebeu aplicação de massa) e originalidade dos vidros.

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A partir da conferência dos números de chassi e motor e da documentação, são pesquisados o histórico e a procedência do veículo. Isso permite identificar modelos que foram roubados ou clonados, têm adulterações ou gravames pendentes, passaram por leilão ou foram recuperados de sucata.

A integridade mecânica, porém, costuma ficar de fora da vistoria. Em geral, para checar motor e câmbio é preciso levar um mecânico de confiança.

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COMODIDADE

A contratação do serviço é simples e rápida. Basta agendar por telefone – o vistoriador vai até o local indicado e o exame é feito em cerca de 45 minutos.

Após a conclusão do serviço, o especialista entrega um laudo detalhando o estado do veículo e dá o veredicto: aprovado (em perfeitas condições), aprovado com ressalvas (houve colisão e abalo estrutural, mas o reparo foi bem feito) ou reprovado (no caso de sinistro de grande monta).


“Às vezes, o interessado decide comprar mesmo se o carro foi aprovado com ressalvas ou reprovado”, conta o proprietário da Evydhence (2901-0252), empresa especializada em vistorias, Vanderlei Garcia. “Com o laudo, o cliente sabe qual é o estado real do carro.”

Na Evydhence a inspeção custa R$ 150 para qualquer modelo. Na Plena Visão (3975-3719), o custo é de R$ 200 e na Dekra (5666-2118) são R$ 120 – há desconto para clientes que contratarem o serviço mais de uma vez. Das empresas consultadas, a única que verifica também motor e câmbio é a Super Visão (0800-774-8248). Nesses casos, os preços cobrados vão de R$ 180 a R$ 300.

PERÍCIA PARA TRANSFERÊNCIA É MAIS SIMPLES


A vistoria que checa as condições do carro, chamada de prévia ou cautelar, não deve ser confundida com a outra, exigida por lei para que o veículo possa ser transferido.

A inspeção feita pelo Detran é bem mais simples. Seu objetivo não é verificar o estado de conservação, mas sim a regularidade dos números de chassi e motor e a presença de itens obrigatórios de segurança.

Enquanto a perícia cautelar pode ser feita em qualquer lugar, a vistoria de transferência obrigatória é realizada necessariamente em oficina credenciada, que filma e transmite o procedimento ao Detran. O vendedor deve arcar com o serviço, que sai a R$ 100 na Evydhence.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.