Você está lendo...
Le Mans é festa disfarçada de corrida
SUMMIT MOBILIDADE: Clique e garanta o seu ingresso promocional Saiba Mais
Notícias

Le Mans é festa disfarçada de corrida

Prova de 24 horas na França é a Woodstock da velocidade

14 de jun, 2014 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

 Le Mans é festa disfarçada de corrida

Há muitas corridas de carros espalhadas pelo mundo, mas poucas são como as 24H de Le Mans, na França. Com longa duração e incrustada no meio da cidade de mesmo nome, na região de Sarthe, a prova reúne tudo que há de melhor em tecnologia automotiva. Sabe aquele papo de que categorias topo do automobilismo são laboratórios para as ruas? Em Le Mans isso é a mais pura verdade, prova disso é que os modelos mais rápidos da pista são chamados de protótipos, criados somente para 24H, e são híbridos, tecnologia apontada por especialistas como o futuro da mobilidade mundial.

Mas além da corrida, que até o momento desta publicação (com cinco horas de prova) estava sendo liderada pela Toyota, seguida de Audi e Porsche, há para convidados e pagantes de ingresso que passam o dia, noite e madrugada vendo a corrida variadas opções de entretenimento.

++ Siga o Jornal do Carro no Facebook
++ Pilotos desfilam em Le Mans antes das 24 horas
++ Audi vai mostrar R8 LMX em Le Mans

Publicidade


Para quem tem o bolso menos sensível, lojas e mais lojas de artigos com temas automobilísticos tentam te fisgar a cada esquina. Também são variadas as barraquinhas de comida francesa, ou seja, pão, presunto e queijos, muitos queijos deliciosos. Passeios de helicóptero, pelos boxes, corridas de kart e um mini parque de diversões fecham a parte chique – e com ingressos caros – de Le Mans. Há também na área do circuito um museu com carros que venceram a prova em suas 82 edições realizadas, contando com a deste ano.

Mas, mesmo com todas essas opções, ninguém desgruda os olhos da pista, vista por telões espalhados em pontos-chave. O objetivo é sempre a velocidade dos carros, a projeção da vontade de estar pilotando os carros. Quer um fato que comprava isso? Lá vai: durante a exibição no telão, antes corrida, do filme Rush, que conta a rivalidade de Niki Lauda e James Hunt na F-1, pessoas choraram na cena em que o piloto se acidenta em Nurbrurgring. Assim é Le Mans, um templo de devoção à adrenalina das pistas.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.