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Saiba como baratear o seguro
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Saiba como baratear o seguro

Abrir mão de serviços extras e instalar rastreador são algumas opções, dizem especialistas

25 de fev, 2015 · 13 minutos de leitura.

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 Saiba como baratear o seguro
Teresiano conseguiu economizar quase R$ 500 ao dispensar serviços e reduzir valor para terceiros

Na hora de adquirir um novo veículo, uma das principais preocupações é com o seguro, pois há casos em que a apólice chega a custar um terço do valor do carro. Como não dá para ficar sem essa proteção, o segurado pode lançar mão de alguns artifícios para reduzir os custos da cobertura. Ter um bom histórico no banco de dados da seguradora e aceitar a instalação de um rastreador são bons exemplos.

Diretor da corretora Resicor, Marco Aurélio Lopes dos Santos diz que é fundamental comparar valores e os tipos de cobertura disponíveis. Após escolher a mais adequada, o interessado pode abrir mão de adicionais pouco importantes para suas necessidades. Para famílias que têm mais de um veículo, por exemplo, dispensar o carro reserva é uma boa opção.

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A proteção para itens como vidros, lanternas, faróis e retrovisores também costuma ser deixada de lado por quem quer pagar um prêmio mais em conta. A redução do valor da cobertura para terceiros também é bastante comum.

Foi o que fez o músico Ari Teresiano, dono de um Voyage 2009. No ano passado, ele havia pago R$ 1.200 pela apólice do Volkswagen. Há poucos meses, quando procurou o corretor para renovar a cobertura, ele teve uma surpresa desagradável. As cotações indicavam que o preço da apólice havia quase dobrado para R$ 2.300.

Ele acredita que o aumento teve a ver com o fato de seu filho ter completado 18 anos. Isso embora o rapaz não tenha sido incluído no prontuário da companhia como um dos motoristas do veículo. “Ter filhos, principalmente do sexo masculino e com menos de 25 anos representa maior risco. Por isso, o preço sobe tanto”, afirma Santos.


Teresiano abriu mão de carro reserva, proteção de vidros, lanternas e faróis e reduziu a cobertura contra terceiros de R$ 75 mil para R$ 50 mil. Com isso, o preço do seguro do sedã baixou para R$ 1.830.

Carros com altos índices de roubo e furto, cujos seguros são mais caros, podem ter os valores das apólices reduzidos em até 30% ao receberem rastreadores. A seguradora instala o dispositivo por meio de comodato e o cliente só devolve se rescindir o contrato.

HISTÓRICO


Quanto mais tempo o segurado ficar sem acionar a companhia, maior será o bônus na hora da renovação. “Além do desconto por ‘bom comportamento’, ele carrega esse histórico ao trocar de seguradora, garantindo os benefícios e descontos na nova apólice”, diz o diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Freitas.

Apólice deverá baratear com ‘Lei do desmanche’

A “Lei do Desmanche”, como ficou conhecida a lei 12.977 aprovada em maio pela presidente Dilma Rousseff, já está em vigor no Estado de São Paulo. Até maio deste ano, a versão federal da nova regra deverá ser regulamentada. “A expectativa é que o preço do seguro caia”, diz o diretor executivo da FenSeg, Neival Freitas.


De acordo com ele, essa queda poderá ser sentida a partir de 2016. “Ainda não dá para prever quanto o preço da cobertura vai cair, mas, na Argentina, onde há lei semelhante, houve redução de 50%.”

As empresas que trabalham com a desmontagem de veículos precisarão ter aprovação da Secretaria de Segurança para funcionar. Cada carro “desmanchado” terá as peças registradas, marcadas e incluídas em um banco de dados nacional. “Assim, será possível saber a procedência, o que reduzirá o número de roubos de veículos que vão para desmanches (clandestinos).”

Os componentes usados serão revendidos para o mercado de reposição, o que deve reduzir o custo da manutenção. “Os de segurança serão encaminhados à fabricante do veículo, para que sejam remanufaturadas. Em seguida, serão colocadas novamente à venda, com garantia”, diz o especialista. Segundo a FenSeg, atualmente, 50% dos veículos roubados no País não são recuperados.


ADICIONAIS MAIS COMUNS

CARRO RESERVA


Neival Freitas, da FenSeg, diz que o direito ao benefício é definido na assinatura do contrato. Há quem opte por usá-lo apenas em caso de roubo ou furto do carro segurado. Outros preferem ter o serviço se o veículo coberto pela apólice sofrer colisão. É possível ter direito ao serviço nos dois casos e até estendê-lo a terceiros envolvidos em acidentes, por exemplo. O preço varia de acordo com a seguradora e o perfil do usuário.

SOCORRO 24 HORAS

A maioria opta por ter esse serviço, já que trata-se de garantir assistência em situações diversas, como falta de combustível e panes mecânicas. Se for o caso, o carro pode ser removido por guincho.


LEVA E TRAZ

Funcionários da seguradora levam o carro à revisão, por exemplo. Também podem buscar o veículo no local em que ele quebrou, no caso de usuários que estão viajando.

MOTORISTA AMIGO


Quem fica impossibilitado de guiar após beber ou fazer um exames médico, por exemplo, pode contar com a ajuda de um funcionário da seguradora para levá-lo para casa.

REPAROS DOMICILIARES

Pequenas necessidades do dia a dia, como a troca de um chuveiro ou a instalação de eletrodomésticos, estão incluídas no pacote. Pode-se até usar o serviço para remover vírus de computadores.


Os tipos de cobertura

As coberturas contra roubo, furto, colisão e incêndio do veículo, que incluem proteção contra alagamentos e queda de árvores, são as mais contratadas pelos consumidores brasileiros. “Cerca de 90% são deste tipo, que é conhecido como compreensiva”, explica o diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Freitas.

“Dá para fazer seguro só contra roubo e furto, ou incêndio, mas isso é pouco usual”, acrescenta o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro do Estado de São Paulo (Sincor-SP), Alexandre Camillo. “A diferença de preço é pequena e, portanto, o custo-benefício não vale a pena”, acrescenta.


De acordo com o executivo, é também bastante comum contratar, adicionalmente, proteção contra incidentes envolvendo terceiros, além de assistência 24 horas. A cobertura contra terceiros abrange, geralmente, danos materiais, pessoais e até morais. Na assistência 24 horas, são diversos os serviços. “Há desde guincho até opção de hospedagem, caso ocorra um incidente com o veículo durante uma viagem”, afirma Camillo. Outra facilidade é ter carro reserva não apenas para o segurado, mas também para o terceiro envolvido no acidente.

A cobertura para acessórios também é contratada atualmente pela maioria dos segurados. “A para vidros, por exemplo, vale muito a pena, pois inclui também proteção para retrovisores, faróis e lanternas, muito suscetíveis a pequenas batidas no dia a dia.”

Segundo os especialistas, procurar um corretor é essencial – instituições bancárias também vendem o serviço. “Esse profissional vai identificar quais são as necessidades do cliente para chegar a uma cobertura ideal”, diz Camillo.


Freitas acrescenta que o corretor será essencial na hora de fazer a renovação do seguro, um processo anual. “Inclusive, se durante o contrato houver qualquer mudança nas informações fornecidas pelo segurado, como de endereço, o corretor deve ser imediatamente avisado, para que possa atualizar os dados junto à seguradora.”

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.