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Nissan Kicks será fabricado no Brasil
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Nissan Kicks será fabricado no Brasil

Modelo sairá da fábrica da marca em Resende, no Rio de Janeiro, provavalmente antes da Olimpíadas

04 de jan, 2016 · 3 minutos de leitura.

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 Nissan Kicks será fabricado no Brasil
Protótipo do Nissan Kicks

A Nissan quer entrar na “briga” de utilitários compactos no Brasil. Para isso, a marca japonesa anunciou nesta segunda-feira (4) a produção de seu representante, o jipinho Kicks. O modelo sairá da fábrica da montadora em Resende, no Rio de Janeiro, e mira concorrentes como Honda HR-V, Jeep Renegade e Ford EcoSport.

De acordo com o CEO da montadora, Carlos Ghosn, a decisão foi tomada depois de uma extensa pesquisa de mercado. “O carro conceito foi exibido em 2014, em São Paulo, e ficou claro que ele tinha potencial em vários países da América Latina. O segmento de utilitários compactos cresceu 20% no ano passado”, disse o executivo.

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O Kicks será global. A intenção é que ele seja comercializado no Brasil e exportado para outros mercados da América Latina. Por causa do novo produto, a marca japonesa anunciou o investimento de R$ 750 milhões em sua planta, em Resende, nos próximos três anos, e a contratação de 600 novos postos de trabalho. “O lay-off que ocorreu no ano passado foi para que nos adaptássemos à demanda. Isso não deve acontecer neste ano”, justificou o presidente da Nissan no Brasil, François Dossa.

Na planta, já são produzidos os modelos compactos March, Versa, e a linha de motores da marca. O grande argumento de vendas do Kicks é a abertura das Olimpíadas, patrocinada pela Nissan e marcada para o dia 5 de agosto. Desta forma, espera-se que o novo jipinho seja lançado até esta data.

Ainda em 2016, os modelos March e Versa serão equipados com o câmbio automático CVT. Na mesma lógica, o Kicks deverá ter esta opção de transmissão.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”