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Carro pede atenção em temperaturas baixas
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Carro pede atenção em temperaturas baixas

Bateria e sistema de partida auxiliar do veículo devem estar em ordem, para evitar surpresas em dias frios

01 de jun, 2016 · 6 minutos de leitura.

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 Carro pede atenção em temperaturas baixas
Dar a partida em temperaturas baixas exige maior esforço da bateria
As baixas temperaturas até que demoraram para chegar em 2016. Mas o frio de verdade promete vir com tudo a partir da próxima semana, que pode ter o menor índice do ano entre a quarta e a quinta-feira: apenas 4°C.

Nessa época de frio, é preciso ter atenção extra com alguns componentes do carro. São cuidados simples, mas que podem evitar surpresas desagradáveis – como o motor do veículo não funcionar pela manhã, justamente no dia em que você estiver atrasado para um compromisso importante.

Confira algumas dicas.

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Partida a frio. Alguns modelos com motor flexível têm um sistema que aquece o combustível antes que seja injetado no motor, mas a maioria conta com tanquinho auxiliar de gasolina.

Nesse reservatório, é importante atentar para a qualidade do combustível. “O melhor é optar pela gasolina de alta octanagem, que se preserva por mais tempo. Ela envelhece em 90 dias, enquanto a comum muda suas propriedades em 30 dias”, compara Pedro Scopino, da Auto Mecânica Scopino.

Nos últimos meses, o custo do litro do etanol perante o da gasolina na capital paulista tem tornado mais vantajosa a opção pelo derivado da cana. Mesmo assim, os especialistas aconselham que se abasteça o tanque principal com um pouco de gasolina. “Preencher 30% da capacidade é suficiente para garantir partidas satisfatórias, mesmo se o sistema de partida a frio apresentar falhas”, diz Ricardo Dilser, assessor técnico da FCA.


Bateria. Os cuidados com a bateria começam já na escolha de uma peça adequada ao veículo. Pedro Scopino diz que, no ato da compra, muitos consumidores observam a voltagem e a amperagem, mas se esquecem de checar o CCA, que expressa a corrente de arranque a frio.

“Enquanto muitos modelos usam baterias de 550 CCA, um Volvo XC90 precisa de uma com 750 CCA, por exemplo. Se for usada uma peça com corrente menor que a necessária, o carro pode simplesmente não pegar em um dia muito frio”, avisa.

Diretor executivo da AEA, Nilton Monteiro ressalta a importância de manter a manutenção adequada do componente nos meses de frio. “O óleo do motor fica mais viscoso nessa época, o que acaba exigindo maior esforço por parte da bateria, que o faz circular. Por isso, vale a pena medir a carga de tempos em tempos, principalmente no inverno”, aconselha.


Velas. São as velas de ignição que geram a centelha para a queima do combustível. Por isso, é importante que funcionem bem nos dias mais frios. O consultor de assistência técnica da NGK, Hiromori Mori, diz que um bom mecânico pode avaliar o estado dessas peças.

“A recomendação é que as velas sejam inspecionadas a cada 12 meses ou 10 mil km, o que ocorrer primeiro. Mas em condições severas, como no trânsito pesado da capital paulista, esses prazos caem pela metade. Com a chegada da estação fria, vale antecipar a revisão, até porque se trata de uma peça barata e fácil de trocar”, ele defende.

Ar-condicionado. O sistema de ar-condicionado, usado intensamente nos meses mais quentes do ano, acaba sendo relegado ao esquecimento quando começa o inverno. Mas os especialistas alertam que não se deve deixar de acioná-lo de vez em quando, para manter a integridade de componentes como mangueiras e compressor.


“Quando o ar-condicionado entra em funcionamento, ocorre uma espécie de autolubrificação do sistema. Por isso, é interessante ligá-lo pelo menos uma vez a cada 15 dias, por no mínimo dez minutos”, recomenda Ricardo Dilser, da FCA.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.