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Saiba a hora certa de cuidar do carro
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Saiba a hora certa de cuidar do carro

Conheça os prazos para inspeção, troca das peças e realização dos reparos mais comuns

28 de ago, 2016 · 6 minutos de leitura.

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 Saiba a hora certa de cuidar do carro
Carros que recebem manutenção preventiva não dão dor de cabeça

Não dá para protelar: para que um carro continue confiável ao longo dos anos e poupe o dono de surpresas desagradáveis, é preciso fazer a manutenção adequada, o que significa ficar atento aos prazos para a verificação e, eventualmente, troca de componentes que estejam desgastados.

As fabricantes costumam determinar esses períodos de acordo com a quilometragem rodada e o tempo de vida do veículo – 10 mil km ou um ano, por exemplo. Essa segunda variável é mais utilizada no caso dos carros que rodam pouco, nos quais a substituição de peças deve ser feita para prevenir a deterioração causada pela simples ação do tempo.

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Consultor e diretor do Sindirepa e professor da Umec (SP), Pedro Scopino, que também é dono de uma oficina que leva seu sobrenome, na zona norte, diz que esses parâmetros não são totalmente precisos. “O ideal seria que a manutenção dos carros fosse feita por horas de uso, como ocorre com os aviões.”

Ele argumenta que um veículo que fica duas horas por dia em engarrafamentos pode rodar pouco, mas, como o motor fica em funcionamento por muito tempo seguido, há risco de a correia dentada se partir antes do previsto – em geral, a peça deve ser trocada com 50 mil km.

As condições de uso são determinantes para a manutenção do veículo. Rodar com excesso de carga e sobre pisos irregulares ou com muitas subidas pode abreviar a durabilidade de alguns componentes. O estilo de dirigir de cada motorista pode ajudar a poupar o carro ou danificá-lo precocemente.


“Muitas pessoas fazem uso severo do veículo, mas poucas reconhecem”, afirma Scopino. De acordo com ele, em geral os motoristas acabam apenas consertando o que já está comprometido e isso encarece o reparo.

Confira o intervalo indicados para a verificação e eventual troca de alguns dos principais componentes do veículo, de acordo com sugestões do Sindirepa, o sindicato das oficinas, e de Scopino. Se houver dúvida, siga o que determina o manual do carro.

A CADA 10 MIL KM


VERIFICAR
Filtro de ar
Velas de ignição
Líquido do radiador (nível e vazamentos)
Óleo da transmissão (câmbio manual)
Bateria (carga e nível do líquido)
Freios (pastilhas, discos e mangueiras)
Freio de estacionamento (regular)
Amortecedores
Molas da suspensão
Direção hidráulica (nível do reservatório)
Pneus (calibragem, desgaste e rodízio)
Rodas (alinhamento e balanceamento)
Cintos de segurança (estado dos cadarços, fivelas e parafusos de fixação)
Emissão de poluentes (fazer o teste)
Luzes, lâmpadas e fusíveis
Faróis (regulagem e foco)
Carroceria (danos na pintura e pontos de corrosão)
Limpadores de para-brisa (palhetas)

SUBSTITUIR
Óleo e filtro de óleo do motor (em uso severo, a cada 7.500 km)

A CADA 20 MIL KM


VERIFICAR
Correia dentada
Freios (discos, pastilhas, lonas e tambores)
Rodas (rolamentos)
Acelerador (cabo, se for o caso)
Embreagem (folgas e cabos de acionamento)
Injeção de combustível (avaliação)
Escapamento e catalisador
Carroceria (lubrificar dobradiças)
Fechaduras (aplicar lubrificante)
Ar-condicionado (limpeza do sistema)

SUBSTITUIR
Filtro de ar
Filtro de combustível
Velas de ignição
Líquido do radiador
Fluido de freio

A CADA 40 MIL KM


VERIFICAR
Óleo da transmissão (câmbio automático)
Freios (avaliar servofreio e acionamento do pedal)
Suspensão (pivôs e buchas)

SUBSTITUIR
Correia dentada
Ar-condicionado (correia do compressor)
Suspensão (amortecedores e molas)


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”