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Ford terá motor 1.0 de 3 cilindros que funciona com apenas 2
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Tecnologia

Ford terá motor 1.0 de 3 cilindros que funciona com apenas 2

Um dos cilindros pode ser desativado eletronicamente para economizar até 6% a mais de combustível

01 de dez, 2016 · 5 minutos de leitura.

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 Ford terá motor 1.0 de 3 cilindros que funciona com apenas 2
Sistema desliga o primeiro cilindro quando o carro está em ponto morto ou velocidade de cruzeiro

Tem gente que ainda torce o nariz para os novos motores 1.0 três cilindros, acreditando que eles são mais fracos do que os de 4 cilindros. O que dizer então de um motor destes no qual um dos cilindros é desativado, passando a funcionar com apenas dois? É isso o que a Ford pretende lançar em 2018 a bordo da nova geração do Fiesta com o Ecoboost 1.0 embaixo do capô.

O atual motor 1.0 Ecoboost 3 cilindros equipado com turbo e injeção direta alcança 125 cv, exatamente a mesma potência do motor Ford Sigma 1.6 aspirado de 4 cilindros. Mas enquanto seu torque máximo de 17,3 kgfm é alcançado a apenas 1.400 RPM, o Sigma atinge seus 16 kgfm lá nos 4.250 RPM. De olho nessa folga, os engenheiros acharam um jeito de economizar ainda mais combustível.

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Funciona assim: quando o veículo está em ponto morto ou em velocidade de cruzeiro (estável sem exigência máxima do motor, como em uma estrada com velocidade máxima de 110 km/h, por exemplo) um sistema eletrônico simplesmente desliga o primeiro cilindro e o motor passa a funcionar com apenas dois. Se o motorista pisa mais fundo no acelerador o cilindro é religado automaticamente.

Segundo a Ford este processo de ligar e desligar o primeiro cilindro ocorre em um período espantosamente rápido, algo como 20 vezes mais veloz do que o tempo que levamos para piscar os olhos. E, por isso, o motorista não percebe quando ele entra em funcionamento — ou deixa de funcionar. Durante os testes, na maioria das situações de rodagem o sistema ficou ativo apenas alguns segundos por vez. Mas isso, no fim das contas, levou a uma economia de combustível de até 6%.

O sistema funciona no máximo até 4.500 rpm e usa a pressão de óleo do motor para ativar uma válvula que interrompe a conexão entre o eixo de comando e as válvulas do cilindro. Um software determina o momento ideal de desativação do cilindro com base na velocidade, posição do acelerador e carga do motor.


Para evitar vibração quando apenas dois cilindros estão em funcionamento o motor ganhou também nova configuração do virabrequim com volante e polia desbalanceados, além de disco de embreagem com amortecimento. E as válvulas de admissão e exaustão se fecham quando o sistema está ativo, prendendo os gases para criar um efeito de mola que, segundo a fábrica, ajuda a balancear as forças entre os três cilindros, além de conservar a temperatura dentro do cilindro para manter a eficiência da queima quando ele é reativado.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.