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Novata CB 1000R vence a Z1000
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Novata CB 1000R vence a Z1000

Lançada em outubro, a naked da Honda tem aptidões para concorrer à liderança do segmento de alta cilindrada: é boa de guiar, confortável e a mais barata da categoria. O preço, aliás, foi o principal motivo para determinar sua vitória diante a da...

18 de dez, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Novata CB 1000R vence a Z1000

MARCELO FENERICH

Lançada em outubro, a Honda CB 1000R tem aptidões para concorrer à liderança do segmento naked de alta cilindrada: é boa de guiar, confortável e a mais barata da categoria. O preço, aliás, foi o principal motivo para determinar sua vitória diante da Kawasaki Z1000. Nas versões com ABS, são tabeladas a, respectivamente, R$ 40.800 e R$ 51.090.

Apesar das diferenças nos números divulgados pelas fábricas, elas têm relação de peso/potência bem parecida: 1,66 kg/cv na Honda e 1,60 kg/cv na Kawasaki. Por causa do câmbio curto, a Z1000 oferece mais força em baixas rotações, o que torna a pilotagem cansativa em uso urbano. Já a CB 1000R é mais “dócil” no dia a dia.

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Na pista, ambas ultrapassam os 200 km/h com facilidade. Isso antes de engatar a quarta marcha do total de seis.

No Visual, a Z1000 é mais moderna e imponente. Seu tanque é largo, se comparado ao da CB 1000R, e os piscas dianteiros são embutidos nas laterais da pequena carenagem frontal.


A Honda não traz novidades nesse quesito. Seu desenho é marcado pelo farol trapezoidal, que traz um grande “canhão” de luz na extremidade inferior. Por se tratar de uma motocicleta nova no mercado brasileiro ela chama mais a atenção do que a Z1000, que foi lançada no segundo semestre de 2010.

Em curvas, a CB 1000R transmite mais confiança. Leve e com baixo centro de gravidade, oferece maior sensação de segurança quando o piloto a “deita”.


A Kawasaki não é ruim nesse aspecto, mas requer um pouco de cautela. Por outro lado, sua suspensão se mostrou mais macia, absorvendo bem as irregularidades do asfalto.

A exclusividade do modelo da Honda fica por conta do monobraço da balança traseira, que deixa exposta a bela roda de liga leve com quatro pontas. Além do efeito estético, esse recurso facilita a retirada do pneu em caso de necessidade de reparo, por exemplo. Basta soltar quatro parafusos (o sistema é similar ao de carros) para retirar a roda. Não é preciso mexer no eixo nem liberar a corrente.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”