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Os 15 dias com o Citroën Aircross
Avaliação

Os 15 dias com o Citroën Aircross

O carro desta desta vez na seção "15 dias com" é o Citroën Aircross, que chegou em setembro e ainda não é comum nas ruas. Veja avaliação feita pela equipe do Jornal do Carro durante essa quinzena com o modelo

05 de jan, 2011 · 6 minutos de leitura.

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 Os 15 dias com o Citroën Aircross

Citroën Aircross (Foto: Sérgio Castro/AE)

O carro desta desta vez na seção “15 dias com” é o Citroën Aircross, que chegou em setembro e ainda não é comum nas ruas – até novembro, foram vendidos 2.586 exemplares. A versão com apelo visual aventureiro do europeu C3 Picasso tem entre seus méritos o desenho contemporâneo e chamativo. A versão avaliada, Exclusive, topo de linha, parte de R$ 62.350. Já a de entrada tem tabela de R$ 54.350.

O Aircross usa a base do C3 nacional, mas sua dirigibilidade em nada lembra a do hatch. Os 23 centímetros de altura extras e os quase 200 kg a mais fazem a diferença. Assim, o desempenho em curvas não é um ponto forte, embora a carroceria oscile pouco em alta velocidade.

A suspensão transmite parte das irregularidades do solo à cabine, mas vai melhor que a de outros Citroën. Para privilegiar o desempenho, a marca fez mudanças no câmbio manual de cinco marchas, cujas relações ficaram mais curtas que no hatch C3. E deu certo, principalmente no uso urbano. Impulsionado pelo motor 1.6 16V flexível, de até 113 cv, o carro é eficiente em retomadas, sem perder fôlego em baixa rotação nem exigir constantes reduções de marcha.

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Porém, isso prejudicou o consumo de combustível. A Citroën não divulga números, mas ao final dos 15 dias a média apontada no computador do carro foi de 5,7 km/l, em uso urbano, com 100% de álcool. Quatro avaliadores rodaram com o modelo e o ar-condicionado ficou ligado parte do tempo. A ergonomia tem falhas. O ajuste do encosto dos bancos dianteiros é difícil de operar e demora até a posição ideal de dirigir aparecer. O processo de abrir o braço que sustenta o estepe requer força e deixa as mãos bem sujas.

O volante é bom de ergonomia, mas seu acabamento deixa a desejar, assim como o painel em frente ao passageiro dianteiro, cujo plástico é de qualidade inferior ao do resto da peça. A direção é hidráulica, mas em manobras de estacionamento parece elétrica, de tão leve.

Ano novo, preço novo. Na segunda-feira, a Citroën reajustou a tabela de toda a linha Aircross em R$ 450. E as autorizadas, que em dezembro já praticavam valores R$ 1 mil (em média) acima do sugerido pela fabricante, chegam a pedir cerca de R$ 2.300 a mais – caso da opção intermediária, GLX (tabelada a R$ 56.850).


Na Exclusive, a diferença é de aproximadamente R$ 1.500. Em uma das autorizadas, ela é vendida por R$ 64.600, já com pintura metálica (R$ 710). A cor branca é a única sólida, sem custos. A opção de entrada, GL, traz de série ar-condicionado, direção hidráulica e retrovisores elétricos, mas as rodas são de aço com calotas. Só na GLX é que entram as de liga, além de regulagem de altura do banco do motorista e itens como bússola e clinômetro.

A Exclusive tem bancos de couro, duplo air bag, freios ABS e ar-condicionado digital. Este, por sinal, exclusividade do Citroën no segmento, assim como o para-brisa panorâmico. Os principais rivais do carro são Ford EcoSport e os automóveis da linha Fiat Adventure.

Ficha técnica


Preço sugerido R$ 62.350
Motor 1.6,4 cil, 16V, flexível
Potência (cv)* 113 a 5.800 rpm
Torque (mkgf)* 15,7 a 4.500 rpm
Comprimento 4,28 metros
Altura 1,75 metros
Peso 1.329 quilos
Tanque 55 litros

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.