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Avaliação: Ford Fusion V6 4×2
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Avaliação: Ford Fusion V6 4×2

A próxima geração do Fusion será revelada em janeiro, durante o Salão de Detroit (EUA). Enquanto isso, no Brasil, a principal novidade do Ford mexicano é a opção 4x2 da versão V6, topo de linha, tabelada a R$ 94.360

12 de out, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Avaliação: Ford Fusion V6 4x2

TEXTO: TIÃO OLIVEIRA
FOTOS: SÉRGIO CASTRO/AE

A próxima geração do Fusion será revelada em janeiro, durante o Salão de Detroit (EUA). Enquanto isso, no Brasil, a principal novidade do Ford mexicano é a opção 4×2 da versão V6, topo de linha, tabelada a R$ 94.360.

A maior diferença em relação à configuração AWD, que continua à venda, é a lista de itens de série. Além da tração apenas na dianteira, não há sistema de auxílio em manobras, que inclui câmera de marcha a ré.

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A ausência desses equipamentos representa uma diferença de R$ 9 mil a menos na tabela. Isso o torna bem interessante, pois a opção 4×2 preserva todas as virtudes da mais cara, em especial o motorzão V6 de 243 cv. Com comando variável de admissão, oferece respostas rápidas.

No mais há todos os itens comuns a sedãs do segmento. Como seis air bags, controle eletrônico de estabilidade e tração, ar condicionado digital de duas zonas e direção elétrica. Complementam o pacote o ótimo sistema de som com 12 alto-falantes.


Outra virtude do Fusion é o amplo espaço. Há conforto para cinco e o porta-malas é mais do que suficiente para acomodar a bagagem de toda essa gente.

Bom também é o funcionamento da suspensão, independente nas quatro rodas. Precisa, para o Brasil ela tem ajuste mais firme que o acerto molengão dos carros vendidos nos EUA, o principal mercado desse Ford.


O comportamento do sedã lembra o de médios, apesar dos 4,84 metros e 1605 quilos – o 4×2 é 87 quilos mais leve que o 4×4.

Agrada também a central multimídia. Além de ser fácil de usar, conta, entre outros recursos, com disco com 10 Gb de capacidade de armazenamento.

Mas é nela que também está o maior “pênalti” do Fusion. Embora o carro tenha navegador por GPS, o sistema não tem o mapa do Brasil e fica o tempo todo mostrando que o carro está no meio do Golfo do México.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”