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Avaliamos o Land Rover Velar, que chega em novembro
Avaliação

Avaliamos o Land Rover Velar, que chega em novembro

Land Rover Velar, cujo conceito deu origem ao Range Rover, terá preços a partir de R$ 383.100

Tião Oliveira, de Molde (Noruega)

09 de ago, 2017 · 8 minutos de leitura.

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Em novembro
Crédito:Velar será posicionado entre o Evoque e Range Rover Sport

Quase 50 anos após o lançamento do protótipo de mesmo nome, o Velar acaba de chegar à Europa. No Brasil, o modelo que deu origem à Range Rover (leia mais abaixo) desembarca a partir de novembro com tabela entre R$ 383.100 e R$ 513.900 nas versões com motor V6 a gasolina de 380 cv e câmbio automático de oito marchas. Antes do fim do ano virão as opções com um 2.0 de 250 cv, a partir de R$ 291 mil. Quem quiser o motor 2.0 turbodiesel de 180 cv, a R$ 311 mil, terá de esperar até o ano que vem.

Posicionado entre o Evoque e o Range Rover Sport, o Velar é 7,2 centímetros maior que o Jaguar F-Pace, com o qual compartilha a plataforma. Entre os destaques, além da carroceria feita de alumínio, estão o visual elegante e o novo sistema de entretenimento, que inclui três telas (no quadro de instrumentos, console e painel centrais).

Na frente, chamam a atenção os faróis de LEDs, afilados. Atrás, as saídas de escape duplas e cromadas fazem um belo conjunto com o para-choque alto, em forma de curva. As lanternas, também afiladas, avançam pelas laterais e criam um estilo bastante harmônico. Visto de lado, o Velar parece ser menor, por causa da linha de cintura contínua. As maçanetas das portas, que ficam embutidas na carroceria, dão um ar de sofisticação ao modelo.

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O interior tem acabamento caprichado e revestimentos como couro, alumínio escovado e laca. Os bancos dianteiros acomodam bem motorista e carona, mas atrás o espaço é melhor para dois – principalmente por causa do sistema de ar-condicionado, que “rouba” espaço de pernas e pés de um eventual quinto ocupante.

Em movimento, o Velar agrada, mas não chega a empolgar. Seu motor V6 3.0 a gasolina casa bem com o câmbio automático de oito marchas da ZF, um dos melhores do mercado. Já a direção parece anestesiada e poderia ter respostas mais diretas. Um volante menor também daria mais esportividade ao modelo. A suspensão a ar é excelente e dá muita segurança em qualquer situação.


De 1969, ‘avô’ do Evoque deu origem à Range Rover. O protótipo Velar, criado pela Land Rover em 1969, deu origem a uma nova divisão da fabricante inglesa, cujo objetivo era unir as características off-road ao acabamento luxuoso. O nome do carro-conceito é derivado da palavra italiana “velare”, que significa “véu”, e fazia alusão a algo que deveria ficar encoberto, não revelado. Os primeiros 26 protótipos produzidos traziam o nome Velar na dianteira, de modo a esconder a nova identidade do carro, de acordo com informações da Land Rover.

Lançamento em 1970. Fruto do novo projeto, o primeiro Range Rover foi lançado em 1970 e tinha apenas duas portas. Primeiro modelo da Land Rover a oferecer tração permanente nas quatro rodas, o utilitário também se destacava pela tampa do porta-malas dividida e pelo capô, batizado pela marca como “clamshell”, que envolve as laterais, além da linha de cintura contínua.

Quatro portas em 1981. Após 11 anos à venda, o Range Rover, então chamado de Classic, finalmente ganhou versão de quatro portas. Isso contribuiu para aumentar suas vendas, pois o modelo ganhou versatilidade e passou a oferecer mais comodidade principalmente às famílias que queriam um carro maior.


Segunda geração. Mais luxuosa e sofisticada, a segunda geração do Range Rover foi lançada em 1994. Na carroceria, chamavam a atenção os faróis retangulares, que substituíam os redondos e se tornaram uma das marcas registradas da linha.

Terceira geração. Sete anos depois surgiu a terceira geração, em 2001. Trata-se do primeiro modelo da marca britânica a ter carroceria monobloco. Para criar a nova carroceria os projetistas da Land Rover se inspiraram nas linhas das lanchas esportivas da marca Riva, do grupo italiano Ferretti. Os acabamentos metálicos do interior do modelo também foram inspirados em acessórios da fabricante de iates.

Range Rover Sport. Em 2005 surgiu a primeira versão com apelo esportivo da Land Rover. Batizado de Range Rove Sport, o utilitário tinha opções de motores 4.2 V8 a gasolina de alto desempenho. Outros destaques eram a suspensão a ar com articulação cruzada, que permitia regular a altura do veículo de acordo com a necessidade.


Evoque. Baseado no LRX Concept, de 2008, em 2011 surgiu o Evoque, que ditaria a atual identidade visual da Land Rover. No ano seguinte a marca lançou a quarta geração do Range Rover, que trazia a inédita carroceria totalmente feita de alumínio, além da nova geração do sistema Terrain Response, que ajusta as respostas do carro às condições do terreno.

Em 2013 foi lançada a segunda geração do Range Rover Sport. Em 2015 vieram as versões SVR e SVAutobiography, além do Evoque conversível.

VIAGEM FEITA A CONVITE DA LAND ROVER


FICHA TÉCNICA
Preço sugerido – R$ 383.100
Motor – 3.0, V6, 24V, gasolina
Potência (cv) – 380 a 6.500 rpm
Torque (mkgf) – 46 a 3.500 rpm
Câmbio – Automático, 8 marchas
0 a 100 km/h – 5,7 segundos
Velocidade máxima – 250 km/h
Comprimento – 4,8 metros
Largura – 2,14 metros
Porta-malas – 673 litros
País de origem – Inglaterra

FONTE: LAND ROVER

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”